CIDADES BRASILEIRAS
Campina Grande

No cimo da verde serra,
Campina Grande nasceu!
Predestinada às alturas,
A Paraíba lhe deu,
Com todo esmero e lhaneza,
O trono que a Natureza
Guardava como um diadema!
Braço humano e Mão Divina
Fizeram desta Campina
Rainha da Borborema!

O açude Velho – de um lado,
Do outro – o Bodocongó,
São estes reservatórios
Dois olhos num rosto só...
Guardando histórias e lendas
Das primitivas fazendas
Daquela gente heroína,
Onde o Grande Cristiano,
Concretizando o seu plano,
Deu novo impulso a Campina!

Campina Grande é o fruto
Dos esforços conjugados:
De um lado – Mãe natureza;
Doutro – Filhos denodados,
Construindo a ligação
Da Capital ao Sertão
Do grande Agreste com o mar!
E o Cariri, de permeio,
Nesta junção, também veio
Do progresso desfrutar!...

Quanto sangue derramado
Neste sagrado torrão!
E quantas vidas ceifadas
Na luta contra a opressão!
Liberdade! Teus heróis
Acenderam os faróis
Desta Luz que predomina:
Félix Araújo e, agora,
O Poeta Raimundo Asfora –
Novos heróis de Campina!

Saúdo Campina Grande,
Na pessoa do Prefeito
Ronaldo da Cunha Lima,
Por duas vezes eleito,
Mostrando capacidade!
Campina Grande, em verdade,
Por tradição e valor,
É o Parnaso da Poesia:
Enaltece e prestigia
A quem trabalha com Amor!

Campina das lindas praças
E coloridos jardins,
Obeliscos majestosos
Apontando os céus afins!
Parecem dedos de Deus,
Indicando aos filhos seus
O caminho que ilumina!
Iguais às torres dos templos
Que ainda servem de exemplos
Para o povo de Campina!...

Hoje a Cidade cultiva
O folclore regional,
Plasmando n’alma do povo
A tradição cultural:
No forródromo, Campina
Alegre, cantando, ensina
Como se dança um forró,
No São João Maior do Mundo,
Ao ritmo quente e profundo
Do Pandeiro e do Taró!...

E, ao por do Sol, luz e cores
Vestem o Céu de matizes!
Nas verdes frondes da serra,
As aves cantam felizes,
Saudando CAMPINA GRANDE!
E, quando a noite se expande,
Para, cantando, mantê-las,
As águas do Açude Velho,
Refletem, no grande espelho,
Um Céu bordado de estrelas.
 

                                                       Pompílio Diniz
                                                                                   1988

Enviado por  Socorro Xavier