Nei Leandro de CastroLapaO bonde passa
pelo espinhaço
dos arcos.
Mas não é o seu peso
que esmaga
a prostitua lírica
que procura nas cores
do ruge e do batom
a feérie da Lapa
onde ela estreou
numa noite mágica
que ainda hoje
é o que detém a sua mão
de dedos crispados
nos gumes da gilete.