oITO ANOS
a Casimiro
oh! que ansiedade que tenho
na aurora da minha vida,
a minha infância perdida
não perdoarei jamais!
que amor, que sonhos, que flores?
Mazelas: tanta canseira
assombra às segundas-feiras
no aço das capitais!
como são tristes os dias,
o desfolhar da existência!
— expira a alma de ausência
como o ferido de dor;
um mar de amargo veneno,
um céu de anjos malvados,
o mundo é um sonho roubado,
a vida defino: sem coR!