Coluna de Rogel Samuel 
Rogel Samuel é Doutor em Letras e Professor aposentado da Pós-Graduação da UFRJ. poeta, romancista, cronista, webjornalista.
Site pessoal: http://literaturarogelsamuel.blogspot.com/

Nº 233 - 1ª quinzena de março de 2013
(atualização quinzenal, dias 10 e 25)

A CRÔNICA DO ÚLTIMO MINUTO

Era eu, no passado, muito rápido no escrever, e isso é comum em muitos cronistas. Escrever não é problema.
Mas sobre o quê?
Acabo de ver pela TV a bela Catedral onde haverá o Conclave para eleição do novo Papa.
A palavra “conclave” deriva de que eles serão fechados “com chave” até que saia o nome do novo Papa e aquela fumacinha.
A fumaça poderia ser abolida pois a maioria daqueles senhores têm celulares.
São modernos e seus assessores assediados pela nova imprensa. A dos escândalos.
Acusar a Igreja é a nova moda no Brasil, depois do Renan, do (morto) Chaves, etc.
Nossa imprensa de acusação. Sem provas. Sem contraditório.
Mas voltemos à Catedral.
Uma das mais bonitas que conheci foi a de Colônia, na Alemanha.
Estava eu na casa de meu amigo X, em Frankurt, na Mendelsonstras (não sei como se escreve), quando decidi pegar um trem para visitar Köln. A Catedral de Colônia (em alemão Kölner Dom), uma igreja gótica, é o marco principal da cidade e seu símbolo não-oficial. A catedral é um deslumbramento em pedra, e o chão cheio de signos. Dava pena pisar. Fazia um frio de rachar e eu tive de comprar um novo casaco para por por cima do outro. Coisa de amazonense.
Voltei em transe.
Imagine uma jóia em pedra. É a catedral, findada em 1170.
Uma das mais belas tomadas é a luz do sol entrando em diagonal por aquelas frestas de vidros coloridos.
Não é somente uma catedral. É um delírio elouquecedor.
Foi o que recordei de um novo Conclave.

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