COLUNA DE THATY  MARCONDES 
Na área empresarial, trabalhou na implantação de projetos de administração, captação e aplicação de recursos, e ainda em redação e revisão de textos técnicos. Nascida em Jundiaí, reside atualmente em Ponta Grossa/PR, onde exerce o cargo de Conselheira Municipal da Cultura.

1ª quinzena de março - Coluna 62
(Próxima coluna: 18/3)

REVISÃO AUTOMÁTICA
By Word, o implacável revisor automático!

Falta de revisão em texto é fogo! Principalmente quando o próprio autor tenta (por vezes, em vão), aparar os errinhos normais das tecladas rápidas que nascem na tentativa de se acompanhar o ritmo célere dos pensamentos. Aí – ainda na pressa – desliga o piloto automático e passa pelo revisor do word que, cá entre nós, lê como quer, pois não tem sentimentos, nem pensamentos, enfim: não tem lógica.

Vejam só, a seguinte história, escrita com o revisor automático disparado, a mil, pintando e bordando a vontade:

Naquele canhão ela acordou com cor de cabeça. Caminhou até a sopa, tomou um oprimido e voltou para a grama. Não, não tinha abduzido da bêbada na noite anterior. Revolveu remodelar a noite passarada, na fã tentativa de contar um nocivo que exemplificasse aquele sensacional odor de cabaça, aquele pesar na onisciência.
Lambuzou-se do telefone trocando insistentemente. Ao aprender, ouviu a avó dele convidando-a para uma fresta. De ponto ela azeitou. Comeu para o ranho, desopilou as pernas. Planejou tudo em retalhos: ousaria aquele vendido novo, pratinho básico. Servia-se usada. Naquela nota, ele não escalpelaria de seus cantos. A campanha trocando insistentemente, interruptor seus prensamentos. Estava azarada! Ele já Che-Guevara e ela ali, ainda brotando as meninas de cidra. Acabou de mentir-se às pressas, mal teve tampo de olhar-se no espinho, uma vez mais, antes de descer comendo as escadas ao seu espanto.
Chegaram à festa, e qual não foi sua suspensa ao encontrar o Pedro, seu ex-marido, ali! Nervosa, pinçou seu comandante para o terraço, alegrando estar se suprindo mal, um porco enojado.
Rapidamente se despiram e fórum para o sarro, estancado a poucos mastros de distância. Assim que entraram no astrolábio ela deu-lhe um largo brejo e revolveram ir à caça dele.
Ele gerou a chave alargando o motor e sentaram o impacto de um corvo no capote do carro: era Pedro! Ali, jorrado na frente, aos burros, gripando seu clamor externo.
Que enxame! Que micro! Logro hoje?
Irritada, caiu do carro e começou uma longa excursão com Pedro.
Ela não conseguia lamber os patos tontos, numa seqüência lógica. Entrava tudo menstruado em sua memória. Eram flashes de palavras ásperas e soltas, que afora ela testava montar, como num cabra-cabeça. Nesse fermento ela sentiu uma mão desfilando sobre seu vento. Num custo, molhou para o lado e só então se lembrou de tudo: tinha feito as fezes com Pedro, após toparem uma garrafa inteira de vinho melado!

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