SACIEDADE DOS POETAS VIVOS DIGITAL - VOL. 1

Merivaldo Pinheiro - Poeta, educador, ficcionista. É paraense. Atualmente reside no Rio de Janeiro. O gosto pela literatura começou cedo nas aulas de "comunicação e expressão", aos nove anos, rabiscando os primeiros ensaios-poemas. A literatura abraçou-o de vez aos doze anos, quando publicou seu primeiro poema. Na adolescência, atuou também em peças teatrais amadoras. Vencedor de alguns concursos literários, Merivaldo está presente em diversas antologias de poesia contemporânea brasileira. Seus textos, prosa ou verso, têm sido publicados em jornais e várias revistas eletrônicas. No Rio, tem procurado fazer-se presente nos movimentos poético-culturais. Em 2005, esteve no Circo Voador, no evento Poesia Voa, organizado por Bruno Catoni e Tavinho Paes. Batizou os modelos poético-sociais de poesia-de-alma-torta. Portanto, no dizer dele próprio, considera-se, in natura, um poeta sociocêntrico. Possui dois livros de poemas inéditos, e trabalha em mais dois livros para 2007 – um de contos, outro de crônicas. Livros publicados: Casa de Barro, Poesia, Belém – Ed. Autor, 2000. Hematopoética, no prelo. Site na web: <http://www.poesiadealmatorta.zip.net>.

Contatos: merivaldopinheiro@yahoo.com.br/
                   poesiadealmatorta@yahoo.com.br/
                   
inversop@yahoo.com.br/
Página individual de poesia em Blocos Online
Página individual de prosa em Blocos Online


           Ao se amar o poeta

Nos ossos de mudos silêncios


Água da tribo

           Palavras-pão-nosso-de-cada-dia

O que me assusta


Quase-poema


nos ossos de mudos silêncios

há sempre um silêncio
principalmente acima dos olhos

                            semi-retas de pensares noturnos
                            são marcas de além-tempo

para o poeta
buscas infindas até o poema: um verso
sempre carrega consigo um travesseiro de ilusões

há sempre um silêncio
principalmente dentro da gente

                            tangrans desmontados na aorta
                            são quebra-cabeças de miocárdio

para o poeta
senhas de acesso ao poema: um verso
sempre carrega consigo um colchão de segredos

                           acima dos olhos ou dentro da gente
                há sempre poesia nos ossos de mudos silêncios

Merivaldo Pinheiro
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Merivaldo Pinheiro

 
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