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CAPA |
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PREFÁCIO
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CRÉDITOS
DEDICATÓRIA
EPÍGRAFE |
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POEMAS: |
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MANSAMENTE
A CADA GOLE
DEITO NO COLO
PARADA
TARDE QUIETA |
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O SOM DO VIOLÃO
AS LEMBRANÇAS, ESSAS
ENQUANTO
DO VIÉS
QUANDO LEMBRO |
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O DESESPERO VEIO
ERREI
ÁGUAS ANSIOSAS
E A VIDA
A SOLIDÃO |
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DESEJOS ESCONDIDOS?
A DÚVIDA
A TRILHA
SERIA TÃO MAIS FÁCIL
NADA MAIS |
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O CÉU AZUL
EFÊMERA A VIDA
JUSTO AGORA
TEU DISTANCIAMENTO
EM FRENTE |
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PODES IR
MULHER DE OUTONOS
FATOS QUE ANTES
E O QUE FAZER
MISTÉRIOS |
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A MÚSICA ME LEVA
TÊNUE
IMAGENS VÊM
VIVO SEM CASCA
OLHO O DESENHO |
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NUM ESPAÇO
SÓ NO AGORA
NOITE VAGA
DESPERTO
FUI LÁ ATRÁS |
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POR QUE DE VEZ
CHAMEI UMA A UMA
O QUE CALAS
MEU CORPO PASSEIA
PALAVRAS? |
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NUM TATEAR
AMBICIOSOS CARINHOS
DESENHOS
QUERIA
TUDO O QUE EU QUERIA |
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NESSE VAZIO
É LÁ
NA QUIETUDE
DE OLHOS CERRADOS
AOS MEUS OUVIDOS |
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NOSSAS BOCAS
AO PÉ DO NOSSO OUVIDO
A FALA DE UM
DE ONDE
SEM MAIS ALENTO |
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RETRATOS DE ACONCHEGO
APERTADO
SE AMANTE
NO PERDURAR
PRECISO |
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RENDO-ME
DEPOIS DAQUELA NOITE
JUNTEI OS MEUS PEDAÇOS
TEM DOR
PODEM VIR |
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E O TEMPO PASSOU
LÁGRIMAS
CHOREI A TRISTEZA
UMA PORTA SE ABRIU
SURPREENDIDA |
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ASSIM COMO UMA FITA
PARA ONDE
SÓ ESTOU INDO
QUANTAS VEZES
ABAIXEI O SOM |
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MUNDO
DESEJO QUE SE VÁ DE MIM
ESGUEIRANDO-ME
QUANDO A CERTEZA
ESSE APRENDER |
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VIOLETA
JÁ FUI LONGE DEMAIS
SERENO
AINDA ESTOU AQUI
DEMOROU |
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SOBRE A AUTORA |
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Num espaço
então só meu
colhi um tempo e
me ofereci prazer.
Sou rica assim,
saboreando os goles
dos meus desejos.
Só no agora
infinito
me entrego
livre.
Desobrigada
do tempo que cerceia.
Noite vaga.
De um vazio
que oprime
perguntas no peito.
Para ser único.
E tem de ser assim.
Para o que for preciso
acontecer sozinho.
Só ele se fazendo ver.
Desperto.
E fico ouvindo
a manhã.
Sem corpo.
Sem tempo.
Sem espaço.
Mesclando-me
aos sons.
Dispersa
em matutinos
fractais.
Fui lá atrás,
no passado.
Passei um tempo
revendo cenas.
Só assistindo.
Sem censuras,
julgamentos
ou culpas.
Aos poucos
foi me invadindo
um enorme carinho
por tudo que herdei de mim.
Abracei sinceramente
todas aquelas que vivi.
Num olhar
dei a elas a minha comunhão.
Em seus rostos,
não mais a angústia
por um perdão.
Alforriei-as.
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