SACIEDADE DOS POETAS VIVOS DIGITAL - VOL. 11

JANIA SOUZA - Potiguar de Natal/RN, Brasil, poeta, escritora, artista plástica, sócia fundadora da Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do RN (SPVA/RN); também sócia da UBE/RN, AJEB/RN, APPERJ, Clube dos Escritores de Piracicaba, participa do Movimento Poetas Del Mundo e do Movimento Cultural Abrace. Trabalhos publicados em jornais, sites, coletâneas nacionais e internacionais. Livros solos: Rua Descalça, poesia, 2007, Edições Bagaço/PE; em 2009, lançou pela Editora Alcance/RS, na 55ª. Feira do Livro de Porto Alegre as obras: Fórum Íntimo (poemas) e Magnólia, a besourinha perfumada (infantil). Participa da coletânea digital Saciedade dos Poetas Vivos, volumes 5; 7; 9 e 10.
Blog: http://janiasouzaspvarncultural.blogspot.com

Contatos: janiasouza@uol.com.br

Página individual de poesia em Blocos Online


           Terra ressequida

Quatro elementos

Sinfonia d´água

     

           Nova premissa

Chuva

Água

 

Terra Ressequida

Seca!... A terra rasgando!
Vem chegando voraz. Faminta!
Precedida por miragens horripilantes
que tomam formas no vazio
do vapor escaldante e bruxuleante
que, num arrepio supremo
se desprende da terra ressequida!

Prenúncio de fome... Dor!

Sol inclemente!... Traiçoeiro!
Suga néctar! Rouba vida...
Dos corpos que rastejam
na caatinga ou... na catinga!

Situações intrigantes reveladas
na penúria, miséria da vida!

Tal qual fantasmas agonizantes
os lagos, os rios, as fontes...
são sepultados nas nuvens fugidias
(ditosas mariposas em busca de fartura!)

Viajam languidamente por infindável caminho
para ressurgirem longe do sol inclemente!

Deixam, numa solidão sofrida, o sertanejo capenga
que jaz moribundo sob a lama pétrea, rachada e quente.
Sem água! Sem comida! Largado a boa sorte do tempo.

Tendo por sepultura a terra ressequida.
Tão cansada de tanta dor... Tanto lamento!
Triste! Abandonada! Vazia! E tão esquecida...

Graça Graúna

Jania Souza

 
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