AS AMAZONAS - Orgulho de uma raça, Danna D.
CAPÍTULO III
Em Atenas, a formosa Hippolyta dera à luz um menino, filho de Teseu. Este, conforme o costume, exibira, orgulhoso, o herdeiro à população, que os aplaudira em sinal de respeito.
Havia três anos que a rainha das Amazonas encontrava-se em poder de Teseu. O príncipe grego soubera vencer sua resistência inicial tratando-a com toda deferência e, sobretudo, respeito. Por fim, Hippolyta capitulara, entregando-se aos carinhos do inimigo.
Refestelada em seu leito, após ter amamentado o pequerrucho, a rainha encontrava-se absorta por seus pensamentos. A reviravolta sofrida em sua vida, que a convertera de feroz combatente em doce amante; o nascimento do filho, que recebera em sua homenagem o nome de Hippolyto; a lembrança das companheiras e do culto à superioridade feminina. Tantas mudanças. Mas não podia negar – sentia-se feliz.
Scylla, aos dezesseis anos, cabelos soltos ao vento, musculatura desenhada,
cavalgava célere, demonstrando invulgar habilidade. Envergando seus
trajes de combate: elmo, escudo e couraça, utilizava, com
extrema perícia, o arco e a lança para aniquilar seus
adversários. Era, ela, a própria filha de Marte. Onitia,
legitimada por seu imenso valor como rainha das Amazonas, não
conseguira esquecer Hippolyta. Recuperá-la tornara-se o objetivo
primordial de sua vida, e para isso preparava seu exército,
tornando-o, a cada dia, mais feroz.