Bárbara Bandeira Benevento 
Carioca,  psicóloga, solteira, 27 anos, trabalhou com deficientes visuais, é sobrinha-bisneta do poeta  Manuel Bandeira.
Leia também seu blog, no endereço: <http://www.amorracional.blogger.com.br>.  Na foto, nossa colunista com Sacha.

Coluna 85

"Quando se é capaz de lutar por animais, também se é capaz de se  lutar por crianças ou idosos.
Não há bons ou maus combates, existe somente o horror ao sofrimento aplicado aos mais fracos, que não podem se defender".
Brigitte Bardot


Olá leitores queridos,

Mais um domingo com vocês e hoje resolvi falar de cavalos.

Sempre escrevo sobre cães e gatos, mas decidi nesta e nas próximas colunas falar de outros, tão importantes e maravilhosos quanto os nossos animais domésticos.

O cavalo é um animal belíssimo que impõe muito respeito. Sempre fui fascinada pelo seu porte, personalidade e dignidade. Por isso pesquisei e encontrei este site sobre o assunto que achei interessante.

Quero falar de todos, pois merecem nosso respeito irrestrito.

Tantos animais silvestres sofrem maus tratos e estão em extinção.

Animais selvagens em circos e zoológicos.

Outros que são nossa “ comida “ tratados brutalmente até chegar a nossa mesa, etc.

Quero ser a voz deles, tentar que o ser humano consiga ver além de seu próprio umbigo, sentir o que eles sentem, colocar-se no lugar deles, pelo menos por um minuto.

É sempre mais fácil, nos isentarmos da culpa:

Eu uso um casaco de pele, mas não vi matar e nem fui eu que matei - estou isento de culpa? Respondo, não. Você está financiando mais mortes, mais sofrimento.

E já que não podemos mudar o mundo, pelo menos façamos a nossa parte – boicotando.

Dizendo silenciosamente - eu não como, não uso pele, não compro produtos testados em animais, não tenho animais em gaiolas, não vou a circos que tenham animais.

Diga não e seja livre!

Isso vale pra TUDO na vida... o NÃO é necessário.

Abraços equinos


Do site http://www.tudosobrecavalos.com  

Aprendizagem Eqüina

Comunicação com o Homem:

Parece correto afirmar, que o homem se comunica inconscientemente com o cavalo, pelo odor que exala. Pessoas assustadas e agressivas, liberam odores que revelam o seu estado de espírito ao eqüino hipersensível, tornando-o apreensivo ou agressivo.

O provérbio «Um homem confiante faz um cavalo confiante» é revelador da hipersensibilidade do animal. Os cavalos sentem o estado de espírito do cavaleiro e reagem com ele. Um cavalo ao ser montado consegue perceber se está lidando com uma pessoa experiente ou não, em função dos estímulos que este lhe envia e que o cavalo recebe através das células receptoras que possui ao longo do dorso e de todo o corpo.

O homem procura comunicar ao apresentar-se pelo toque ou através de palmadinhas. O afagar é outra forma de comunicação com os cavalos e constrói uma relação entre os dois.

O ato de tratamento é um exemplo e, quando se monta, muitas das línguas de cooperação estão relacionadas com o tato. Por exemplo, a perna exerce pequenas pressões nas células receptoras do cavalo e a mão comunica pelo toque na boca, através de rédeas e freio. Alguns cavalos aprendem a atrair o homem relinchando alto se a comida vem atrasada.


Comunicação entre Cavalos:

O cavalo é um animal de manada e precisa se comunicar com os outros membros da mesma. Claro que não tem discussões filosóficas, necessitam apenas transmitir emoções básicas e estabelecer uma hierarquia de dominância sem recorrer a violência. Os cavalos domesticos tratam o homem como um elemento da manada, por isto usam o mesmo tipo de linguagem corporal para conosco.

Essa linguagem corporal pode-se manifestar de várias formas: 

Contentamento:

- Sinais de Felicidade: Um cavalo satisfeito não se preocupa com os outros que se encontram a sua volta. 

Impaciência:

- Movimentos de cabeça: Os cavalos não gostam de ser ignorados, podem exigir atenção dando um empurrão com o focinho.

- Bater com os cascos: Um cavalo pode ficar impaciente quando espera pela comida ou quando está preso. 

Aborrecimento:

- Dentadas nos outros cavalos -   A dentada significa apenas « a minha posição na hierarquia me permite te morder quando me apetecer».

- No estábulo – Se um cavalo quiser ser deixado em paz, vira as costas aos outros cavalos, « não quer conversas ». 

Os cavalos comunicam-se vocalmente, relinchando por companheirismo ou por excitação.

 

Hábito: 

A aprendizagem também se pode processar através do hábito, que consiste na diminuição de tendências para responder aos estímulos que se tornam familiares, devido a exposição contínuas aos mesmos.

 

Pode ser exemplificado do seguinte modo:

Um cavalo quando e exposto a um ruído súbito assusta-se, mas se ruído for repetido, duas três vezes, o susto vai diminuindo gradualmente ate ser ignorado.

O mesmo acontece quando se prepara um cavalo, durante o processo de desbaste para ser montado. Primeiramente faz-se o aquecimento passando-o à guia, durante o qual se fazem vários movimentos repentinos, como levantar a mão para sacudir uma mosca, bater com o pé no chão etc…

A primeira vez que o cavalo presencia estes movimentos assusta-se, mas depois de serem repetidos várias vezes, já consegue reconhece-los como sendo familiares.

Os cavalos têm, normalmente, medo de água, pois não conseguem ver o chão através dela. Este tipo de medo, envolve um processo mais delicado de aprendizagem. O cavalo tem de se sentir confiante, e o homem, por sua vez, tem de mostrar a ele que não existe nenhum mal em uma pequena poça de água e não há motivo para ter medo.

No inicio, ao molhar as patas, reage logo, acelerando o passo e até pode saltar, mostrando-se desconfiado, mas depois de muita insistência do homem e de recusa por parte do cavalo, acaba por passar sem receios.

O processo de habituação finalizou.

No que se refere à aprendizagem cognitiva, um cavalo adquire vários elementos de conhecimento ou cognições, que se organizam para serem utilizados.

O homem quando exercita um cavalo, ou seja quando o passa à guia, ou em outras palavras, quando o submete a um teste de preparação física, aplica a voz, que associa aos vários andamentos de cavalo.

Homem à Cavalo:  Voz calma - Passo

                               Voz Alta e Firme - Trote

                               Voz mais alta e firme - Galope

                               Assobiar calmamente - Passo

Daqui se conclui que o “O cavalo aprende fazendo, e não de outro modo”.

 

Um Teste de Comunicação:

Segundo Paul Watzlawick, quando, em 1904, o sonho de estabelecer comunicação entre o homem e o cavalo, tornou-se real, a noticia se espalhou.

Hans, era o cavalo com o qual Wilhelm Von Osten estabeleceu comunicação. Ensinou-lhe aritmética, a dizer as horas e a reconhecer pessoas através de fotografias.

Hans, batia com a pata no chão, para se comunicar - batia uma vez para o A e assim por diante.

O Cavalo foi submetido a várias experiências para verificar se não existiam truques na comunicação, pois respondia sempre corretamente aos problemas que o seu dono lhe propunha e passou em todos com distinção.

Mas foi mais tarde que Stumpt descobriu o seguinte:

O cavalo falhava sempre que a solução do problema que lhe era colocado não era conhecida por nenhum dos presentes. O cavalo também falhava quando lhe punham vendas que o impediam de ver as pessoas.

Daqui pode-se concluir que o cavalo, ao longo do tempo, deve ter aprendido a resolver problemas e a prestar mais atenção, a responder ás mudanças de postura do seu dono. A recompensa era o fato principal da motivação e atenção de Hans.

Conclusões:

O cavalo doméstico ocupou sempre um lugar importante na vida humana. Quando os cavalos foram domesticados, é provável que desempenhassem dois papéis.

Os cavalos das florestas, mais lentos, eram provavelmente bestas de carga. Os cavalos das planícies, mais velozes, eram um meio para deslocamentos rápidas.

Nos nossos dias, os cavalos já não são usados nas batalhas, os tratores substituíram-nos na agricultura e o motor a diesel é o principal meio de transporte, mas os cavalos continuam a merecer um grande estima. Desde que foram domesticados, os humanos os reproduziam seletivamente de modo a satisfazer necessidades especificas ou conceitos de beleza. Há agora vários tipos diferentes de cavalos e um grande número de raças reconhecidas internacionalmente. Tal como no passado, os diferentes tipos de trabalho requerem diferentes tipos de cavalos.

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N. E.: Peço desculpas a Bárbara por abusar um pouquinho do espaço dela, para pedir, pessoalmente, que ajudem também a Carmen Senna, da DARJ (Defesa dos Animais do RJ), apadrinhando um cavalo e/ou entrando na lista que ela criou em defesa desses animais. Mais detalhes, clicando aqui (LM)


Esta coluna é atualizada todas às segundas-feiras