É sabido que os amados gatos possuíam um
lugar especial, sagrado, no coração dos antigos egípcios.
Inclusive a palavra usada para designar o gato, Mau, prova, com seu som,
quão de perto as pessoas observavam seus companheiros felinos. E
a maioria dos experts concordam que os gatos foram
domesticados primeiramente no Egito.
Porém, existem evidências que sugerem que o gato e o homem dividiram suas casas por 8.000 anos. Uma ossada felina foi descoberta in 1983 num povoado neolítico ao sul de Cyprus. Como Cyprus é uma ilha sem gatos selvagens, este animal deve ter sido trazido especialmente.
Adicionalmente, a ossada provou pertencer à mesma espécie de gato encontrada posteriormente no Egito, uma espécie com a cabeça maior do que os gatos que conhecemos hoje. Assim, parece provável que os Egipcios simplesmente tivessem levado ao extremo uma prática já existente.
Uma das primeiras pinturas de gatos data de 2600 AC, e foi encontrada num tumba Egípcia da Quinta Dinastia. Este gato usava um colar e, como todos os gatos egípcios, possuía uma pelagem preta com listras, parecendo uma capa. Estes gatos levaram uma vida realmente confortável. Há notícias de egípcios quebrando pedaços de pão em tigelas com leite para seus animais, e cortando cuidadosamente peixe fresco para eles comerem. Eles tentavam também assegurar que as fêmeas acasalassem com machos compatíveis, que fossem aprovados por elas.
Essa paixão por gatos tornou-se um culto com o passar do tempo. Havia uma deusa com cabeça de gato, Bast, que foi relacionada ao prazer, à fertilidade, à música e ao amor. Gatos apareciam em amuletos mágicos, braceletes, e eram solenemente mumificados quando morriam. No século dezenove, arqueologistas descobriram mais de 300.000 gatos embalsamados num cemitério em Bubastis, lugar de um Templo de culto aos gatos.
Na verdade, os egípcios veneravam tão profundamente os gatos, que raspavam as sobrancelhas em sinal de luto quando um gato da casa morria. E se alguém matasse um gato, mesmo que involuntáriamente, era bem provável que fosse linchado por uma multidão furiosa.
Quando esta grande civilização desabou,
o lugar que os gatos ocupavam inevitavelmente também diminuiu.
Alguns romanos gostavam de gatos, e um gato doméstico foi preservado
para a posteridade sob os braços de uma mulher nas ruínas
de Pompéia. Com certeza, no ano 79 DC os gatos foram mantidos como
controladores de roedores, durante o Império Romano. Durante este
período foram relacionados à Diana e suas caçadoras
virgens, à fertilidade e à deusa das bruxas.