Acreditava-se que o gato tinha um pacto com o próprio Diabo, e que também era capaz de causar tempestades ou ser uma bruxa disfarçada. Coisas terríveis aconteciam a eles; eram queimados em rituais cerimoniosos destinados a expulsar espíritos maus, enterrados vivos, e citados em todos os julgamentos de bruxas conhecidos nos séculos 16 e 17.
A histeria e a paranóia naqueles tempos era tão grande, que alguém que gostasse de um gato era suspeito de ser um iniciado em magia negra. O hábito do gato gostar de dormir na cama do dono, ou eriçar o pêlo, eram consideradas evidências de algo sombrio, de relacionamento demoníaco.
Essa convicção sobreviveu até nossos dias. Em 1929, por exemplo, houve uma virtual epidemia de massacre de gatos na Pensylvannia. Acreditava-se que, se um gato fosse imerso em água fervente, e morto, um dos seus ossos se tornaria um poderoso talismã contra feitiçaria.
Igualmente a hedionda prática de que enterrar
um gato na fundação de um edifício traria sorte, continua
até o século presente. Este antigo ritual às vezes
culminava também com sacrifícios humanos.