Parte II  -  PACTO COM DEMÔNIO
 
Gatos são noturnos em seus hábitos, seus olhos brilham no escuro e sua habilidade de se mover rápida e silenciosamente, pode chegar a intimidar. Esta provavelmente foi a razão de o inofensivo gato tornar-se indissoluvelmente associado a bruxas, demônios e poderes ocultos.

Acreditava-se que o gato tinha um pacto com o próprio Diabo, e que também era capaz de causar tempestades ou ser uma bruxa disfarçada. Coisas terríveis aconteciam a eles; eram queimados em rituais cerimoniosos destinados a expulsar espíritos maus, enterrados vivos, e citados em todos os julgamentos de bruxas conhecidos nos séculos 16 e 17.

A histeria e a paranóia naqueles tempos era tão grande, que alguém que gostasse de um gato era suspeito de ser um iniciado em magia negra. O hábito do gato gostar de dormir  na cama do dono, ou eriçar o pêlo, eram consideradas evidências de algo sombrio, de relacionamento demoníaco.

Essa convicção sobreviveu até nossos dias. Em 1929, por exemplo, houve uma virtual epidemia de massacre de gatos na Pensylvannia. Acreditava-se que, se um gato fosse imerso em água fervente, e morto, um dos seus ossos se tornaria um poderoso talismã contra feitiçaria.

Igualmente a hedionda prática  de que enterrar um gato na fundação de um edifício traria sorte, continua até o século presente. Este antigo ritual às vezes culminava também com sacrifícios humanos.