Crônica da 2ª quinzena de abril
Cartilha Contra Corrupção
Há uma cidade no interior do Estado de São Paulo, de médio porte, que era administrada por um prefeito corrupto. Todos na cidade sabiam dos atos criminosos praticados pelo tal meliante. Todos sabiam de sua crescente fortuna.
Seu séqüito formava verdadeira quadrilha. Escondia-se debaixo de instituições sólidas que acabavam, sem saber, acobertando atos ilegais do tal bando. Era uma vergonha para aquela cidade.
Os atos ilegais praticados pelo alcaide iam desde o empreguismo de parentes e amigos correligionários, formando um verdadeiro batalhão de funcionários fantasmas, até favorecimentos a empresas de prestação de serviços, em detrimento da transparência na administração da coisa pública.
A estratégia usual para burlar a legalidade era utilizar-se de empresas inexistentes, contabilizando notas frias, em que os serviços nunca eram prestados ou os produtos discriminados jamais entregues.
Outro método utilizado pela quadrilha era superfaturar os serviços prestados. Principalmente na cobrança das tarifas nos transportes públicos ou no recolhimento do lixo da cidade, que acabavam voltando aos bolsos dos meliantes, às vezes com complacência da própria Câmara Municipal.
Sempre voltava em dinheiro vivo, para não deixar rastro. Como ganância e burrice sempre andam juntas, acabavam comprando propriedades em nomes de parentes ou assessores, o que facilitou o rastreamento pelo Ministério Público e pela Receita Federal.
Outra forma empregada pelos bandidos para apropriar-se do dinheiro público, era utilizar-se de várias construtoras com preços combinados para participarem de licitação na construção de casas populares ou outras obras públicas e sempre ganhar a empresa amiga, com o lucro sendo dividido entre todos.
Escondiam-se debaixo de aprovação de suas contas administrativas pelo Tribunal de Contas do Estado. Ocorre, todavia, que o Tribunal apenas verifica os aspectos formais das contas públicas, não entra no mérito dos gastos, acabando por passar verdadeiros certificados de legalidade para atos de improbidade administrativa.
Cabe ao povo não se deixar enganar pela politicagem safada. Apenas para exemplificar: para cada 500 assessores políticos ou empregados fantasmas, ao custo de R$ 3.000,00 cada um por mês e R$ 18.000.000,00 ao ano todo, poder-se-ia construir 1.200 casas populares anualmente, com todo esse dinheiro.
Seria uma cidade sem favelas em alguns anos. Com melhor qualidade de vida para todos.
Outro crime praticado pelo referido prefeito, junto com seu secretário educacional, era na compra de mantimentos para as merendas das crianças das escolas públicas. Sempre era superfaturado.
O alcaide e seus asseclas jamais imaginaram que um grupo de pessoas, antigos moradores daquela cidade, resolvesse acabar com a ladroeira toda. E Ribeirão Bonito se viu livre da corrupção.
Capitaneado por Antoninho Marmo Trevisan, consultor na área de gestão pública e privada, o grupo denominou-se Amarribo, Amigos Associados de Ribeirão Bonito, e após um longo e exemplar trabalho, com a ajuda da população e do Ministério Público, conseguiu acabar com os atos de corrupção do prefeito daquela cidade.
Legalmente, foi colocado para correr! Hoje vê o sol nascer quadrado!
O exemplo foi tão digno e a população ficou tão agradecida, que o grupo resolver editar uma cartilha que chamou de “O COMBATE A CORRUPÇÃO NAS PREFEITURAS DO BRASIL”.
Para que todos possam ter acesso e se familiarizar com os métodos de corrupção empregados por prefeitos safados, podem acessar www.amarribo.com.br junto a internet, onde encontrarão exemplos e práticas para acabar com esse mal que assola grande quantidade de municípios em nosso país.
Parabéns ao grupo e aos cidadãos de Ribeirão Bonito!