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COLUNA DE DOUGLAS MONDO correspondência
Douglas Mondo é poeta, advogado civilista e empresarial, Acadêmico fundador e presidente da Academia Jundiaiense de Letras Jurídicas,  fundador, ex-presidente e atual vice-presidente do Conselho de Segurança de Jundiaí/SP.

Crônica da 1ª quinzena de maio

Água de Beber

(*) Um pouco de preocupação com água potável. Aqui em Jundiaí, SP, estou entrando com denúncia  ao Ministério Público contra o  DER e Ferroban, por não cumprimento das determinações decididas  pelo Conselho de Segurança da cidade, do qual sou fundador.
O urso polar olha o mar branco e não desanima. O gelo não reflete a ausência da presa. Mostra apenas a camada que a  esconde.

O urso sabe que a foca sairá para respirar, e a foca sabe que ao sair poderá morrer. Mesmo assim a foca respira, mesmo assim o urso se alimenta.

Ora somos urso, ora somos foca, e o mar gelado é branco. A vida é nosso mar gelado. Não devemos morrer presos em nosso pequeno pranto.

Enfrentar nossos problemas e o que nos amedronta, talvez seja o maior desafio no transcorrer da nossa vida.

Há tempo, venho levantando o problema da fragilidade das represas que abastecem as cidades brasileiras com água tratável para consumo humano.

Normalmente, face estarem localizadas às margens  de rodovias, há o perigo de terem suas águas invadidas por veículos carregados com produtos tóxicos.

Pelas referidas rodovias há trânsitos de veículos que abastecem indústrias localizadas nas próprias cidades e em localidades vizinhas, transportando combustível, fenol, ácido sulfúrico etc.

Além de rodovias, via-de-regra há também linha férrea que transporta produtos tóxicos às margens de rios e afluentes que deságuam nas respectivas represas.

Se esse é o caso de sua cidade, é necessário conhecer o problema, dimensioná-lo e apresentar soluções para que, em caso da ocorrência de algum acidente com caminhão transportando produto tóxico ao lado da represa, não venha poluir a única fonte de água potável de sua cidade.

É necessário que o problema seja enfrentado por todos os responsáveis pela existência e guarda da represa e dos rios que a abastecem, tais como: prefeitura municipal, companhia de distribuição de água potável, departamento estadual ou federal de rodagem, empresa controladora da via férrea etc.

Algumas das soluções são: colocar muretas de concreto ao longo dos trechos críticos, construir bacias de contensões dos produtos tóxicos vazados, colocar radares e lombadas para diminuição de velocidade e manutenção da linha férrea que deve se encontrar completamente deteriorada, como todas em nosso país.

É necessário, também, que o corpo de bombeiros seja equipado com roupas especiais para enfrentar qualquer acidente com produtos e gases tóxicos, em caso de  intervenção emergencial.

O Ministério Público, através da promotoria do meio ambiente, deve participar da apresentação das soluções e apurar responsabilidades em caso de negligência de órgão público ou empresa concessionária na realização das determinações atribuídas.

As linhas a serem seguidas são no sentido de prevenção para que o risco diminua e de pronta atuação em caso de acidente com produto tóxico ao lado das represas que abastecem as cidades.

Ignorar o problema e contar com a sorte, pode custar caro demais para a  sobrevivência do povo de sua cidade. Jamais aceite isso! É seu direito!