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COLUNA DE DOUGLAS MONDO correspondência
Douglas Mondo é poeta, advogado civilista e empresarial, Acadêmico fundador e presidente da Academia Jundiaiense de Letras Jurídicas,  fundador, ex-presidente e atual vice-presidente do Conselho de Segurança de Jundiaí/SP.

Crônica da 1ª quinzena de janeiro

E A CASA CAIU!

Era uma vez três porquinhos que resolveram viver por conta própria. A despeito dos conselhos da velha porca e ao invés de seguirem os mesmos rumos, cada um quis construir sua própria casa.

O metido a mais espertinho construiu uma casa de palhas, achando que ela o abrigaria das intempéries. Pegou maços de palhas pelo campo e construiu porcamente um casebre rudimentar.

Sentindo-se cansado, foi dormir. Sonhou, sonhou, e achou que sua casinhola era a pousada dos anjos e que ali estava garantida sua velhice.

À noite, um lobo esperto, guardião dos direitos dos outros animais da floresta, resolveu banquetear-se e batendo à porta disse:
— Abra esta porta ou a derrubarei com um sopro só!

O sujinho não abriu, e o lobo soprou bem forte e derrubou a cabana do porquinho pouco afeito ao trabalho seguro.

Ele saiu correndo e correu, correu...correu tanto que foi se esconder na casa de seu irmão, um pouquinho mais esperto.

Este tinha construído uma casa com galhos de árvores. Mais robusta, mas ainda distante dos padrões de segurança, habitabilidade e financiamento honesto junto à Caixa Econômica Federal.

E veio novamente o lobo. — Abram esta porta ou a derrubarei com um sopro só!

Mais uma vez negaram-se a abrir a porta, e novamente o lobo soprou bem forte e também derrubou a casinha de brinquedos do segundo porquinho na hierarquia familiar.

Os dois saíram em disparada carreira. Foram se esconder na casa de tijolos construída pelo terceiro irmão.

Prático e mais esperto, construiu uma pousada à beira-mar, onde alugava quartos para turistas de fim de semana, ganhando uns troquinhos a mais.

Seus irmãos, ofegantes, sentaram à mesa e se achando seguros, chafurdaram-se na própria lama de suas alcovas.

E o lobo chegou, também esperto e desta vez mais preparado. Trazia uma arma poderosa, eficaz e mortal! Uma ordem judicial de arrombamento!

Prático, Heitor e Cícero sentiram-se acuados. Nunca tinham enfrentado um lobo tão poderoso. Tremeram nas bases!

E o lobo novamente falou: - Abram esta porta ou a derrubarei com reforço policial!

Não abriram e o lobo voltou com um batalhão de meganhas. Arrombou a porta e encontrou os porquinhos escondidos debaixo da cama. Tremiam feito vara verde!

E não houve perdão, comeu os três, feito um lobo! Foi um banquete de reis!

Depois disso, todos os outros bichos da floresta passaram a respeitar o código de convivência pacífica entre os animais. Cada um fazendo sua parte, ninguém roubando comida de ninguém.

Hoje, reina paz na velha floresta. E todos vivem felizes da vida!

Moral da história: Sob as garras do lobo, porco esperto vira pururuca nas mãos da justiça!