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COLUNA DE THATY  MARCONDES correspondência
Na área empresarial, trabalhou na implantação de projetos de administração, captação e aplicação de recursos, e ainda em redação e revisão de textos técnicos. Nascida em Jundiaí, reside atualmente em Ponta Grossa/PR.

Crônica da 1ª quinzena de outubro

 
GERAÇÃO AMOR LIVRE
 
Onde estará a geração abafada de minha época?
Onde esconderam os cartazes de "amor livre", "virgindade dá câncer", "abaixo a ditadura", temos fome de cultura?
Para onde eles foram?
Não os vejo comprando livros, fazendo filmes ou indo ao teatro!
Mas... eram tantas idéias, tantos ideais!
 
As anti virgens se casaram, tiveram filhos e tornaram-se exemplares donas-de-casa contemporâneas - incultas perdidas no tempo, ao invés de harmonia, buscam beleza física e futilidades!
Os rapazes?
Ah, os rapazes!
Quisera ter tido todos (os que me atraíam, é claro!), mas me bastaram os que tive!
Hoje vejo-os com enormes barrigas do "choppinho depois do trabalho". Casados, todos eles arrumam alguns "casinhos esporádicos" — nada sério, só para manter a aparência de homem moderno bem sucedido.
 
Ah! Eu sou realista, qual é o problema?
Os óculos com lentes coloridas há muito estão fora de moda!
Perceberam?
Continua tudo igual!
Lutamos para voltar no tempo!
Como diz a música: "como nossos pais"!
Ou pior, pois sabem o que conquistou a minha geração?
A bomba atômica, a aids, a FEBEM, o Collor, o Malluf, a poluição, a degradação e outras coisinhas mais!
 
É, acho que não fomos piores do que nossos pais... nem melhores...
Não servimos de exemplo: a geração do amor livre, não trouxe a paz!