2ª quinzena de junho
Certa feita freqüentando um curso de controle mental (ou descontrole,
como queiram interpretar), dei de frente com um conceito que achei muito
interessante: essa tal coisa de micro cosmo e macro cosmo.
No curso, conforme as palavras do palestrante, ficou claro para mim
que por diversas vezes somos chatos – chegamos a ser inconvenientes, mesmo
– por não termos claro esses conceitos em nossa vida diária,
empregando-o como deveria ser feito.
A maioria de nós entende e usa. Mas, quantas vezes, apesar de
sabedores dessa noção, não extrapolamos?
Então vejamos, numa linguagem simplificada:
— microcosmo: o nosso eu, nosso mundinho particular, nossos interesses
pessoais, nossas vivências e experiências íntimas;
— macrocosmo: o mundo externo, fora de nós mesmos, ou seja,
nossa relação inter pessoal – como nos mostramos, o que passamos
aos outros e como administramos esse intercâmbio.
Bem, falando de forma mais objetiva, ao que nos interessa – a nós,
pretensos escritores:
1. via de regra, passamos para o papel (ou para a tela, modernamente
falando) nossos sentimentos mais profundos, a vivência do momento
atual; fatos e situações que nos tocam; pessoas que nos causam
sentimentos extremos; a tradução do macro dentro de nosso
micro (cosmos e não computador, por favor);
2. claro que todos nós estamos em busca de reconhecimento, de
amadurecimento de nossa arte! Desta forma, somos os primeiros a repassar
as notícias de nossa evolução, tais como publicações,
concursos, enfim, tudo que possa traduzir nosso sucesso, por mais efêmero
que ele possa parecer;
3. somos um conjunto de pessoas, principalmente quando nos encontramos
em listas de literatura – presume-se que os grupos se formem a partir de
uma ideologia ou gosto pessoal em comum. Assim vemos pessoas que se identificam
por vários motivos, tais como: faixa etária, apreciação
deste ou daquele autor, de mesmo gênero literário, etc.;
4. cabe a nós, seres humanos dotados de especial sensibilidade
(o que nos proporciona uma extra percepção da realidade),
termos o mínimo de discernimento em avaliar o que é comum
a todos ou, no mínimo, à maioria.
Resumo da opereta: não devemos, NUNCA, deixar que o nosso micro
cosmo invada e incomode o macro cosmo comum ou o micro cosmo de outrem.
E tenho dito: viva o micro! Micro computador, que nos permite que sejamos
capazes de escrever!
Viva o micro! Micro cosmo de todo mundo: todos os micros juntos fazem
o nosso macro, da mesma forma que todos os micro-computadores unidos, fazem
da internet este grande mar de amizades!
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