SACIEDADE DOS POETAS VIVOS DIGITAL - VOL. 4

CONDORCET ARANHA - Natural de São Gonçalo, Estado do Rio de Janeiro, 29/01/1940. Escritor, Pesquisador Científico - Nível VI, aposentado, Governo do Estado de São Paulo. Doutor em Ciências, pela Universidade Estadual de Campinas/SP – UNICAMP. Farmacêutico-Químico, pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro / RJ. Publicações em dezenas de antologias. Premiações em concursos a nível nacional e internacional. Livros solo: “Versos Diversos” poesias 2001; “Histórias do Famaliá” contos/crônicas 2003 e “Sonhos ou Verdades” contos/crônicas 2006. Membro Titular da Cadeira n° 25, Colegiado Acadêmico, na Área de Letras e de Ciências do Clube dos Escritores de Piracicaba/SP. Membro no Grau Superior da Ordem da Sereníssima Lyra de Bronze, Porto Alegre / RS; Acadêmico da Accademia Internazionale Il Convívio, Castiglione di Sicília, Itália; Membro da Casa do Poeta Rio-Grandense, São Luiz Gonzaga/RS; Membro Correspondente da Academia Ponta-Grossense de Letras e Artes, Ponta Grossa/PR; Membro Correspondente da Casa do Poeta Rio Grandense, Porto Alegre/RS; Membro Correspondente da Academia Cachoeirense de Letras, Cachoeiro do Itapemirim/ES; Sócio Honorário da Associazione Culturale ZACEM, Città di Savona, Itália; Sócio da APPERJ, Rio de Janeiro; Sócio da ALPAS XXI, Cruz Alta/RS.

Contatos: condorcetaranha@brturbo.com.br
Página individual de poesia em Blocos Online
Página individual de prosa em Blocos Online


           A ponta do telhado

No teu corpo me extasio

Amor de perdição

     

           Vida, um espelho de costas

Cadeira de balanço

Detesto o domingo

 

AMOR DE PERDIÇÃO

Deixei o meu olhar vagar, na paisagem de teu corpo,
Deixei-o deslizar nas ondas negras de seus cabelos
E repousar sobre seus ombros, enquanto eu absorto,
Em teu olhar azul, buscava a concordância em tê-los.

Quando meus lábios qual abelhas a buscar o néctar,
Sugavam-lhe os sussurros, sensações extremas,
Prendiam-nos as almas, em nossos corpos quentes,
Em prantos de desejos entre um par de algemas.

Algemas de um amor incontrolável e puro,
Que sangra dentro d'alma, sem limite, espúrio,
Tal qual a vespa negra a passear, na espata,
Tentando proteger às flores do antúrio.

Tomada a sua face, de rosado intenso,
Entreabrindo os lábios num sorriso franco,
Não era necessário ouvir-te uma palavra,
Diante dos teus seios, fico inerte, estanco.

Percorro a paisagem de teu corpo, em ânsias,
Assim como alguém que, num barranco, rola,
Tentando segurar-se nas protuberâncias,
Fazendo uma lição que não se tem na escola.

Envolto por idéias, sensações, enfim,
Deixo-me ficar em suas pernas trêmulas,
Querendo de você o que tu quer de mim,
Seguindo as prescrições que não estão em bulas.

E quando relaxada, me convida a ver,
A paisagem interna do seu lindo ser,
Afundo-me em ti, no mais real prazer,
Ungido pelo amor, até me esvaecer.

Condorcet Aranha
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Condorcet Aranha

 
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