DETESTO O DOMINGO
O domingo é exatamente,
Como outro dia qualquer,
Explico, sou convincente,
Mas, não me entende, a mulher!
Por se dormir mais um pouco,
Complica-se todo o dia,
Depois, quase acabo louco,
Com tanta louça na pia.
O dia fica pequeno,
Pra tomar tanto remédio,
Embora pareça ameno,
Acaba aumentando o tédio.
Fico zonzo e sinto azia,
O estômago me arde,
Porque sempre neste dia,
O almoço sai mais tarde.
As ruas são tão vazias,
Que criam um ar de mistério,
E ao contrário d'outros dias,
Mais parece um cemitério.
A TV?... Não dá pra ver!
Nem sequer novela tem,
As visitas? Que prazer?!?!
É pra comer que elas vêm.
Desculpem a sinceridade,
E se apronto esse barraco,
Mas, pra falar a verdade,
O domingo é mesmo um saco.