COLUNA DE VÂNIA MOREIRA DINIZ
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Nº 11 - 21/1/2007 |
Primeiras Palavras de 2007
Estamos no limiar de uma nova fase e espero que a fé e a esperança nos acompanhem já que esse ano de 2006 foi cercado de tragédias, guerras, violências, desastres e falta de amor entre os seres humanos.
Ao mesmo tempo temos que refletir o quanto a bondade existe neste mundo e como nos deparamos com pessoas capazes de se doarem plenamente. E isso nos aquece de modo especial o coração, imprimindo a certeza que tudo poderá mudar se quisermos e lutarmos para que consigamos um mundo menos perverso em suas variadas categorias.
Há poucos dias fiquei muito emocionada. Um jovem que toma conta de carros num estacionamento de supermercado onde faço compras e a quem eu tinha ofertado meu livro Ciganinha aproximou-se de mim para ajudar e olhando-me cheio de admiração disse-me o quanto havia gostado do livro, falou dos personagens e da lição que cada capítulo lhe sugeriu.
Fiquei impressionada com a fascinação que o livro deixou impresso em seu espírito e emocionei-me porque entendi mais uma vez a responsabilidade do escritor em cada trabalho editado e nesse momento de um novo ano que surge esse episódio ainda mais me tocou.
A época de Natal e Ano Novo nos predispõem à muita sensibilidade à lembrança de pessoas que se foram e as reflexões de nossas atitudes nos levam à nostalgia. A alegria nem sempre é nossa companheira neste momento mesmo porque não podemos estar felizes enquanto barbarismos acontecem como o recente massacre no Rio de janeiro, extremamente revoltante. Alegria como, ao saber que enquanto estamos comemorando muitas pessoas foram mortas tragicamente e suas famílias estão sofrendo desesperadamente nestes dias de festas oficiais?
Nascemos para ser felizes, o progresso e a tecnologia deveriam ser os elos para novas mensagens de paz e amor envolvidas sempre em muita compreensão. Mas estamos cheios de trabalho, compromissados, cansados ou querendo nos distrair um pouco e esquecemos de nos colocar no lugar daquele que está pedindo ajuda e apoio.
Vemos, mas não enxergamos, ouvimos, mas não captamos, estamos perto, mas não sentimos e a vida continua com a marca do egoísmo, o traço marcante do preconceito e a indiferença para a exclusão em todos os níveis possíveis.
Precisamos apenas reformular nossos conceitos e encontrar um momento para os outros e para nós mesmos principalmente porque a vida é finita e devemos nos apressar.
O site Vânia Diniz agradece ternamente o carinho de todos aqueles que deram sua importante contribuição com esse trabalho que vem da alma e cujo brilhantismo enalteço profundamente. Sem os competentes colaboradores do Site eu nada teria feito. Desejo também congratular-me com os leitores que navegaram em nossas páginas o ano inteiro e transmitiram força e estímulo. E ainda com igual carinho, transmitir minha amizade aos que o divulgaram com altruísmo e generosidade.
Minha ternura também aos queridos e fiéis amigos Leila Miccolis e Urhacy Faustino que me prestigiam sempre e que abriram os braços quando cheguei na internet há mais de oito anos. Sem eles tudo teria sido mais difícil.
Meu reconhecimento a todas as pessoas das cidades, dos países e do mundo que estão vivendo na mesma era, trazendo no coração os mesmos sentimentos, parceiros de luta no caminho da vida.
Que 2007 encontre em nossos corações muita fé e confiança para que possamos partilhar sonhos, alegrias e perspectivas refletidos em todos os habitantes do planeta.
