CAPA
DEDICATÓRIAS
PREFÁCIO
PARTE I - A NOITE GREGA
A noite grega
A Festa I II III
Perséfone
PARTE II - OUTROS POEMAS
O ovo
Mapa-múndi 1 – 2
Anchieta 1 – 2
Um amor...
Não há janelas
Ciganos 1 – 2
SOBRE A AUTORA
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O esquizofrênico escrevia
belas poesias, ganhava prêmios,
mas isso não adiantava nada,
para a lucidez, quero dizer,
e a lucidez é para mim
assim qual tecido
fino
liso
diáfano
solto
falso
fofo
falho
folhos
usados por uma lady
de Madureira.
Sim, e nós já fomos
lúcidos, lúdicos, lúbricos
e até lubrificados
como as camisinhas,
tão essenciais hoje em dia!
Nem te conto, Maria!
o que ele me fazia na cama...
mas hoje já não faz mais
e talvez seja pena...
(ou perda de tempo lamentar?).
Mas a Beleza
da qual os anjos
se orgulham e alimentam,
aquela Beleza dos elfos elegantes,
das finas fadas, das ninfas,
das árvores iridescentes do Éden
que nos meus sonhos
tento e almejo arrancar
do caos,
de fedorentos abutres
que me abatem, rasgam
torturam a pele branca
de inverno,
no verão, agreste,
cheia de cheiros insensatos,
imorais,
os quais lembram-me,
lembram-nos os ecos
de um passado elástico,
vindo e recuando sempre,
com insuportável
e clássica freqüência
de duvidosos
improváveis amanhãs.
River Phoenix
Não deveria ter morrido!
6
continua |