CAPA
DEDICATÓRIAS
PREFÁCIO
PARTE I - A NOITE GREGA
A noite grega
A Festa I II III
Perséfone
PARTE II - OUTROS POEMAS
O ovo
Mapa-múndi 1 2
Anchieta 1 2
Um amor...
Não há janelas
Ciganos 1 2
SOBRE A AUTORA |
Perséfone
Eis que surge Perséfone
e vem sentar-se à mesa
junto ao telefone.
Tem muito que fazer
e pouco em que pensar;
ocupa as sombras,
acalenta-as à noite,
fá-las dormir, pra depois
as despertar.
Traz um gesto sem si
de mil odores,
nem todos humanos ou legais,
mas acende as luzes,
liga aquecedores,
canta cantos de Natal.
Lá vem ela falando de fantasmas,
de crimes, de consolações,
também de pênis, de cavalos, de leões,
de fome, de ladrões,
de tudo o que ocorre
e do que ainda virá.
Tentar matá-la
é jogo que não faço,
tentar detê-la nem talvez,
quiçá...
Perséfone, a monstra
leve e trigueira
quer entrar.
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