CAPA
DEDICATÓRIAS
PREFÁCIO
PARTE I - A NOITE GREGA
A noite grega
A Festa I II III
Perséfone
PARTE II - OUTROS POEMAS
O ovo
Mapa-múndi 1 – 2
Anchieta 1 – 2
Um amor...
Não há janelas
Ciganos 1 – 2
SOBRE A AUTORA |
Anchieta
Penso em seus vinte e três anos
penso em terras selvagens, naturais,
símbolo de equilíbrio e paraíso
veria ele ao olhar os índios,
a mata e os cumes,
mas seus soltos versos
levou o mar...
Seus medos, seus desejos,
seus delírios
(índias nuas em sacros rituais);
as lanças, as flechas,
as orações à lua
veio ele aprender ou apagar?
A noite o acharia alucinado
rezando ou contrito,
com horrível sotaque
espanholês,
com febres ou suores,
redimido e castigado,
bebendo a fonte do mundo novo
encontrado pela primeira e antiga vez.
O tempo era artifício de crianças,
a corte e o clero, ilusões totais...
de real só o guarani
os bichos,
a selva a exuberar ao sol,
a madrugar.
Se o mar levou seus versos
isso é pena!
mas de penas maiores
a vida lhe poupou;
poupou-lhe o horror
de modernas cenas;
com essas... você nunca sonhou!
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continua |