Nº 25 - 6/9/2007 |
Minha Coluna fez um ano
Na edição passada completei um ano de minha permanência na coluna. Achei, no entanto que só eu me lembraria daquela data especial e silenciosamente redigi meu texto sem tocar no assunto.
E quando ao abri-la pude entrever o bolinho de aniversário felicitando-me, meu coração exultou, surpreendido e feliz, entendendo o quanto a doçura de Leila Miccolis em cuja página eu escrevo pôde encher meu coração de carinho.
Nesse mundo conturbado em que vivemos atualmente tudo parece tão indiferente que esquecemos até das atitudes que podem advir das pessoas que sempre nos brindaram com sua ternura atos e a palavra meiga e forte.
Há cerca de nove anos a co-editora de Blocos recebia-me de braços abertos, eu chegando e ela já instalada, reconhecida e amada. Hoje minha coluna será expressando essa gratidão, não pela generosidade de minha amiga que já é conhecida, mas pela persistência de sua dedicação no dia a dia virtual e por estar sempre de braços abertos em seu trabalho solidário e amor pela literatura expresso altruisticamente.
No dia que completei um ano de coluna, dentro desse espaço amado, senti principalmente o mundo cercado de amor, lembrei-me das infinitas conversas que tivemos, do conforto em horas desanimadoras e mais uma vez concluí o quanto a alegria e amizade deviam ser a base de nossa caminhada e a força multiplicadora de confiança no horizonte que admiramos com esperança.
É isso que levamos da existência e esses momentos não morrerão nunca, principalmente porque são o esteio e a força que nos conduzirão sempre.
Neste ano em que o Site Leila Miccolis abriu suas portas às minhas palavras ainda aprendi mais em termos de valores e afeto. Eles mudaram porque precisamos realmente nos aperfeiçoar e dei mais valor à amizade, procurando entender que as angústias que nos acometem são fruto de nossos próprios pessimismos inconsistentes dentro de um mundo cuja essência é translúcida, bela e reconfortante.
Este ano continuei a aprender cada vez mais, a sentir como sempre a magnificência da literatura que desde pequena me fascina e usá-la como elo para falar e lutar por uma humanidade mais justa começando de mim mesma e de minhas fraquezas.
Lutar é a palavra de ordem para todos aqueles que sonham e fazem de suas esperanças um estandarte enriquecedor. Desejo neste instante em que me sinto recompensada pela ternura de quem confiou em mim dar uma palavra especial à editora deste site cujo espaço ocupo quinzenalmente.
Um dia, há muitos anos que se perdem na imensidão infinita de meu olhar, aprendi com meu pai o quanto os aniversários traduziam em aprendizado e alegria. Eram comemorados ano a ano com um profundo sentido de felicidade. E prometi a mim mesma que nunca deixaria um ano passar sem reinventar esse significado.
E assim aconteceu na quinzena passada em que vi o bolo e a velinha gravados em minha coluna no portal Blocos em que a página Leila Miccolis ilumina o espaço com seu talento e sensibilidade. Sempre uma experiência mais preciosa principalmente com a doçura de sua lembrança que eu pensara ninguém recordar. Obrigada, amiga por esse gesto tão simples que aqueceu profundamente meu coração num momento reflexivo da minha vida.
Como na minha infância, não olvidarei esse momento que foi uma luz diáfana em meu momento de criação.
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