MACROBIÓTICA
A busca do equilíbrio holístico

Filosofia:

Comida não é tudo na vida, mas influi diretamente o resto. Quando uma pessoa está doente e o tratamento não dá certo os médicos modernos mudam os remédios; os antigos mudavam rapidamente de cozinheiro (Sonia Hirsch,  em "Deixa sair"). Os grandes mestres chineses de 3.000 aC, o Cosmos seria um ser vivo, dinâmico e totalizante. a energia cósmica formaria todos os seres, inclusive o humano que repetiria, em grau menor, as leis harmônicas do Universo. Esta energia, que se manifesta dialeticamente sob dois aspectos, opostos e complementares (o Yin — expansão — e o Yang — concentração), deve estar equilibrada, caso contrário os congestionará ao logo dos meridianos (canais) e o organismo ficará debilitado, possibilitando o surgimento da doença.

No entanto, a "verente naturalista" não é monopólio do Oriente: no Ocidente, Hipócrates, já no século IV aC., dava grande atenção à personalidade do doente e às suas relações com o meio, desenvolvendo os princípios de uma sistemática de relacionamento harmônico do homem com as sutis energias da natureza. No século XVI, Paracelso, este grande alquímico que nos deu também a "penumologia oculta" (ramo filosófico que lida com as substâncias espirituais), estabeleceria a doutrina das semelhanças entre o remédio e o sistema a ser tratado, cuja confirmação experimental foi realizada pelo médico alemão Hahnemann (século XVIII), criador da homeopatia.

A Macrobiótica (Macro=grande; bio=vida) já era usada no séxulo XVIII no Ocidente, na Prússia, e Goethe já a abordava em seu livro: "Macrobiótica — ou a Arte de Prolongar a vida Humana". Modernamente, foi muito impulsionada pelo japoneês George Oshawa. O conceito moderno entende a Macrobiótica como alimentação à base de cereais. No entanto, a "macrobiótica não consiste apenas em arroz integral. A macrobiótica é sonhar em visualizar a si mesmo como qualquer coisa que se deseja ser, e então concretizar o sonho. A macrobiótica é ser capaz de, livremente, nos tornarmos naquilo que queremos. É essencialmente um método para desenvolvermos, uma atenção ativa sobre nosso interminável potencial de mudança.  ("Medicina Macrobiótica", de Geprge Ohsawa e Michio Krushi).

Prosseguem Ohsawa e Krushi: "O mundo do homem (primeiro) é Yang (barulhento, ruidoso, conflitante, destruidor, assassino). O reino vegetal (segundo) ao contrário é Yin  (quieto, imóvel, sem sangue). O terceiro mundo (a terra) é Yang. Está girando numa grande velocidade, enquanto o quarto mundo, ou pré-atômico, é Yin (sem barulho). O quinto mundo (energia) é Yang, pois energético e dinâmico. O sexto mundo, das polaridades, é estático e Yin. Assim, partindo-se do mundo animal (Yang) cheagamos ao mundo das duas polaridades, estáticas, passando por quatro outros mundos. Esta é a concepção do Mandala: a constituição do universo mostrando a origem do homem, vegetal, mineral, reino pré-atômico, enegértico e bipolar Yin-Yang, respectivamente. Yin produz Yang e vice-versa. Vida é um fluxo infinito de energia e a macrobiótica é a arte da vida através da aplicação simples do Princípio Único, Yin/Yang, cujos resultados, a longo prazo, parecem mágicos. Experimente o amargo, o azedo, o salgado, o doce, e equilibre-se de acordo com o Princípio Único. Então toda sua vida estará em harmonia com o passado, presente e futuro brilhantes, verdadeiros, profundos. Se você é macrobiótico, nada é impossível para você".
 

Obras sobre o assunto:

• George Ohsawa e Michio Kushi, "Medicina Macrobiótica", trad. Vera Cartaxo, Nelson Abraão e Márcio Lisboa Júnior, Ed. Tao e Parma, SP s/ data
• Marcio Bontempo, "Livro de Bolso da Medicina Natural", Ed. Ground, RJ, 1979
 
 

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