Angela Togeiro - De Volta Redonda/RJ, reside em Belo Horizonte/MG, pós-graduada em RH e Pol. Econ. e Finanças das Empresas, escritora, verbete em dicionários literários. Pertence a diversas entidades culturais. Detém prêmios e antologias em várias línguas; publicou 10 livros em prosa, verso e teatro, duas novelas em parceria com outros escritores, editou uma antologia poética.
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Sou mulher,
ante a falta de emprego e de segurança,
de assistência médica e de lazer,
de escola, de moradia e de terra;
ante a falta de interesse dos eleitos
por Voto Obrigatório para serem
nossos representantes administrativos,
do comprometimento político do país,
com o resto do mundo, menos com seu povo,
tenho medo. Do presente e do futuro.
Do solo e do subsolo pouco é nosso.
As grandes empresas e o patrimônio do país,
colocado nas mãos dos governos,
e que foram construídos
com o dinheiro do imposto pago pelo povo,
já estão sendo "vendidos" aos estrangeiros.
Não são bons para nós, só para eles.
Daqui a tempos, quando nada mais restar,
só haverá um bem precioso neste país: os ÚTEROS.
Sim, úteros para gerar mão-de-obra-escrava
para saldar as dívidas
aquelas que contraem em nosso nome
com povos, ou grupos financeiros estrangeiros,
a quem já vendemos tudo, entregamos,
e continuamos devendo.
Coitadas de nós mulheres. Coitadas!
Reféns dos erros dos que nós geramos,
destruindo o futuro dos que geraremos.