Mara Senna - Mara Lucia Senna Oliveira Vieira nasceu em Araxá – MG em 06 de maio de 1963. Vive em Ribeirão Preto, SP, há mais de 30 anos. Por formação, é cirurgiã-dentista, mestre em Periodontia pela FORP-USP, mas atualmente dedica-se à literatura. É autora de "Luas Novas e Antigas" (edição da autora, 2009) e de "Ensaios da Tarde" (Editora Coruja, 2012). Participou das antologias poéticas: "Frutos da Terra - Expressões Culturais de Ribeirão Preto" (2009), "Ave, Palavra!" (2009), "10º Concurso de Poesias da Universidade Federal de São João Del-Rei", MG (2010), "Prêmio SESC de Poesia Carlos Drummond de Andrade" - edições 2009, 2010 e 2011 e 2013 e "Poesia para Mudar o Mundo" - 2013. Recebeu o primeiro lugar no I Concurso Literário de Crônicas da Academia de Letras e Artes de Ribeirão Preto – ALARP (2009), o terceiro lugar no II Concurso de Crônicas da ALARP (2010) e menção honrosa no Concurso Nacional de Poesias Helena Kolody, Paraná (2010). Em 2013, foi homenageada no projeto Nossa Aldeia da Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto. É filiada à União Brasileira dos Escritores (UBE) e membro da Academia de Letras e Artes de Ribeirão Preto (ALARP) onde ocupa a cadeira 29. Tem páginas em diversos sites como Blocos Online, Poesia Iberoamericana de Antônio Miranda - Poesia dos Brasis e outros. Publica no blog: eMARAnhados (http://marasenna.blogspot.com) e na página www.facebook.com.br/poetamarasenna
mara.senna06@gmail.com
A mim nem a ninguém deveria interessar
uma paz comprada.
Paz é fermento que se encontra
na despensa de casa,
e que leveda toda a massa
para fazer o pão.
Não é preciso procurar muito longe,
não.
Por mais que eu tente manter
essa noite
a mente quieta,
uma ponta de inquietação
vem, bem sorrateira,
e me espeta.
A cabeça dói,
a poesia insiste.
Porém, nem ela me salva hoje
dessa coisa que lateja na testa
ecoa no peito,
escoa na vida.
Tudo faz parte da mesma dor,
da mesma ferida..