Neide Barros Rêgo - Natural de Minas Gerais, nasceu em São Tomás de Aquino, no dia 18 de outubro de 1938. Professora formada pelo Instituto de Educação de Niterói em 1957. No ano seguinte ingressou, por concurso, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. Fez Curso de Administração Pública na Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro. Estudou Arte de Dizer, no Curso Olavo Bilac, no Rio de Janeiro, dirigido pela poetisa/declamadora Maria Sabina de Albuquerque. Em 1964, no Teatro Municipal de Niterói, prestou prova pública, que constou de um recital de poesias de vários gêneros e diversos autores. Ao final recebeu seu diploma. Dirige o Centro Cultural Maria Sabina, que fundou em 1961, onde funciona o Curso Maria Sabina, de Arte de Dizer, e são realizados eventos lítero-musicais. Desde 1985, participa do Grupo Nuance, realizando recitais. É Cidadã Honorária de Niterói, título concedido por iniciativa do vereador Fernando de Oliveira Rodrigues, em 1992. Declamadora e cantora lírica, com inúmeras apresentações, em congressos nacionais e internacionais de Esperanto (Brasil, Áustria, França e Argentina). Poetisa premiada no Brasil, na Holanda, Bulgária, Rússia e Itália. Esperantista, declama e canta na língua criada por L.L. Zamenhof, desde 1965. Membro vitalício e delegada da Associação Universal de Esperanto, especializada em poesia e declamação. No ano 1994, organizou e editou a antologia "Água Escondida", com poemas de 234 poetas nascidos e/ou radicados em Niterói. Em 2004, lançou seu primeiro livro "Revelação" (poesias). Compôs a Comissão de Redação do volume XVI da Revista da Academia Fluminense de Letras (2005). Em 2007 publicou duas antologias, organizadas com o poeta esperantista Sylla Chaves: "Brazila Esperanta Parnaso" (em esperanto) e "Poesias Escolhidas", do Brazila Esperanta Parnaso (bilíngue). Eleita pelo Grupo Mônaco de Cultura, em Niterói, recebeu o título de Intelectual do Ano 2010. Detentora de troféus, diplomas e medalhas, entre elas a Tiradentes, concedida pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. Membro de diversas academias de letras, entre elas a Barbacenense, a Fluminense, a Rio – Cidade Maravilhosa e a Niteroiense; filiada à Associação Profissional de Poetas do Estado do Rio de Janeiro (APPERJ) e à Associação Niteroiense de Escritores (ANE). Eleita para as Academias Nacional de Letras e Artes e Internacional de Letras, tomará posse brevemente. Tem participação em mais de 120 antologias. É verbete na Enciclopédia de Literatura Brasileira, de Afrânio Coutinho e J. Galante de Sousa.
Quisera dar uma rosa
para alguém que não espera;
causar espanto, emoção
a um bêbado descrente;
e de um louco inconsequente
amansar o coração.
Quisera dar uma rosa
à mulher feia, enjeitada,
que não desperta paixão;
ao do vício dependente;
ao incurável doente
que já não tem ilusão.
Quisera dar uma rosa
à criança abandonada,
sem amor, sem proteção;
a quem anda descontente;
ao prisioneiro inocente
que espera libertação.
Quisera dar uma rosa
ao frágil deficiente,
tão carente de afeição;
ao que foi injustiçado;
ao que está desempregado,
triste de ouvir tanto não.
Quisera dar uma rosa
vermelha, maravilhosa!,
do poeta inspiração,
uma rosa perfumada,
sem espinho, aveludada,
a você, que é meu irmão.