Noélia Ribeiro - Pernambucana, foi muito pequena para o Rio de Janeiro, onde passou sua infância. Aos 9 anos, escreveu seus primeiros versos. Aos 12 anos, mudou-se para Brasília onde mora até hoje. Estudou Letras na UnB, graduando-se, primeiramente, em Língua Portuguesa e, posteriormente, em Língua Inglesa. Começou sua carreira profissional como professora de Português, mas acabou escolhendo trabalhar como servidora pública no Ministério da Fazenda. Deixou o Executivo para entrar no Legislativo. Hoje é taquigrafa aposentada. da Câmara dos Deputados, Já tomou parte de coletâneas de poetas como "Talento em Prosa e Verso" - REBRA; "Fincapé" - Coletivo de Poetas, "Poesia do B", organizado pelo Açougue Cultural T-Bone, entre outras, e teve poemas publicados em jornais da cidade. É presença ativa em recitais, saraus e movimentos poéticos realizados em Brasília. Lançou seu primeiro livro "Expectativa", em produção artesanal e independente, em 1982, e, em 2009, lançou "Atarantada", seu segundo livro de poemas, já na segunda edição. Seu terceiro livro de poemas tem lançamento previsto para 2015. A poeta é mais conhecida como Nonô, devido à canção Travessia do Eixão, de autoria de Nonato Veras e do poeta Nicolas Behr, cantada pelo grupo Liga Tripa, de Brasília, e gravada pela banda Legião Urbana, em CD lançado após a morte de Renato Russo.
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Vagando à noite na cidade, ela
Busca na luz que ofusca o toque
Nos lábios que faz arder a alma vã
De bailarina de boate, entre
Gentes aos milhares, com seu
Vestido azul, branco e vermelho
De branca de neve no espelho,
Madrugada adentro, pelo
Cruzamento de carros e
Olhos no breu,
Para enfim deparar com
Um sorriso de Romeu.
Quando meus ombros
doem do peso de existir,
não consigo erguer os olhos
para contar estrelas.
Contento-me com as que
caem à minha frente
como sonhos banidos
do firmamento.
Minha casa
não tem janelas
em dias cinzentos.