Crônica da 2ª quinzena de setembro
Governar Municípios
É preciso renovar a política em todas as cidades brasileiras. É preciso determinar que os compromissos devam ser assumidos em consonância com os interesses da população e não com vontades pessoais alicerçadas na vaidade ou nos desejos deste ou daquele grupo político.
Ser prefeito, necessita desprendimento individual e capacidade de governar aglutinando todas as tendências ideológicas e partidárias.
Governar vai além do exercício do verbo achar e há que se ter compreensão que questiúnculas de poder devam ser deixadas de lado, já que as administrações municipais precisam ser tratadas com visão macro-regional, pois os problemas das cidades vizinhas a todos afetam, independentemente das vontades políticas.
Hoje, com exposição nos meios de comunicação, os candidatos precisam ter projetos claros, exeqüíveis e transparentes, já que os debates políticos acontecerão para uma verdadeira demonstração de programas de governo e de aceitação de ingerência popular.
Ledo engano quem pensar que sairá vitorioso em virtude dos aplausos de claquetes de aluguel ou de compras de votos de cabresto com pagamento feito através de marmitex comprada no bar da esquina.
É preciso que os candidatos saibam pensar na coletividade, já que governar em regime de democracia participativa, em vigor desde 1988, vai além do mero exercício de estar prefeito de qualquer cidade.
É preciso viver tal compromisso e saber que a responsabilidade de governar uma cidade, passa pela reengenharia estrutural da máquina administrativa, com a eliminação do empreguismo político e com a interligação das secretarias municipais, já que há a necessidade de desenvolvimento conjuntural e todas numa mesma direção.
Os prefeitos deverão governar com Conselhos de Cidadãos, que deverão ter poder de deliberação, com responsabilidade civil e criminal, já que somente as populações dos bairros sabem de seus problemas e possíveis soluções.
Não há que se ter medo do povo. O povo é solução e não problema!
Não pode uma única pessoa determinar quais os destinos de uma cidade, por mais bem intencionado que esteja, já que vícios oriundos do exercício de poder, fatalmente levarão a usá-los em benefício próprio.
O déspota esclarecido é o pior dos governantes. Melhor o ousado ignorante! O ideal é nenhum, mas sim um negociador político que aglutine todas as tendências e dirima os conflitos de interesses com sabedoria e sempre em direção ao bem comum.
A participação popular é fundamental para a determinação dos orçamentos municipais, para que haja um verdadeiro desenvolvimento das cidades com justiça social.
E mais, deve o povo ter participação na aplicação dos planos diretores municipais, que jamais devem ser unicamente físicos-territoriais, mais sim devem contemplar o homem acima do solo, com seus problemas sociais e comunitários.
Devem, os prefeitos municipais, ter capacidade para direcionar os objetivos das instituições estaduais para os mesmos rumos das municipais, em trabalho conjunto, já que o beneficiário do serviço público será sempre a população das cidades, independentemente da competência originária da prestação do serviço.
Ainda, administrar qualquer cidade, vai além da vaidade pessoal, mas sim deve atender unicamente os interesses de seu povo, que sempre guarda sonhos de afetividade comunitária e que acredita no ideal da cidadania e na honestidade de seus homens públicos.
Em suma, é preciso honrar o povo das cidade e não enriquecer e aos parentes, mediante mandato outorgado através de voto livre e soberano.
Para ser prefeito, é preciso ser competente e honesto!
Vote sempre com consciência, depende unicamente de você.
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