COLUNA DE VÂNIA MOREIRA DINIZ

Nº 46 - 6/8/2008
(próxima: 21/8)

          
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Reflexões obre as Olimpíadas

Os atletas se concentram para as Olimpíadas, que serão realizadas este mês, depois de quatro anos de esperanças, ansiedades, treinos incessantes e sonhos.

Todas as vezes que os Jogos Olímpicos se realizam faz-me lembrar  a minha infância e adolescência quando ficava fascinada pelos deuses olímpicos como Zeus governante do Olimpo e filho do sexto filho de Cronos e Réia e aqueles que o cercavam como a figura invencível de Hércules.

Pena que não temos histórias mais concretas porque os autores, sem elementos mais compactos o descrevem partindo de dados esparsos como figuras aparentemente humanas, mas imunes a todos os males, muitas vezes invisíveis e com poderes antinaturais.

E por isso mesmo a histórias me deixavam completamente seduzidas como se eu pudesse conviver com tudo isso e até em minha fantasia elas apareciam com a beleza física e  saudável que eu imaginava.

Monteiro Lobato em seus livros infantis escreveu “Os dozes trabalhos de Hércules” em que mistura a imagem do grande detentor de beleza e força física em suas façanhas com os personagens de seus livros do picapau amarelo. E segundo o grande autor paulista, ídolo das crianças, Hércules que era capaz de tamanho vigor tinha uma sensibilidade estranha e profunda tão grande como sua potência muscular. Era capaz de chorar por um simples fato corriqueiro.

Poderia falar infinitamente sobre essas figuras que absorveram os anos infantis e juvenis de muitas pessoas, mas o que estamos tratando agora são propriamente as Olimpíadas, embora tenha estreita relação com as lendas e histórias gregas porque foi lá que criaram esses jogos por volta de 2500 A. C em homenagem primordialmente a Zeus.

Os vitoriosos eram recebidos em suas cidades de origem com toda a pompa ganhando prêmios e sendo efusivamente ovacionados e amados por seus conterrâneos.

Vivemos numa época  de miséria, violência e não crédito à verdadeira felicidade. E a oportunidade de haver pelo menos uma trégua está nos jogos olímpicos que se iniciam sediados dessa vez em Pequim e é um tributo à toda a humanidade.

Não é apenas a disputa que bem orientada já é uma forma de altruísmo, mas a união de todos os povos que se reúnem para mostrar ao mundo um espetáculo de beleza, saúde,compreensão, amor e respeito pela inclusão de todas as raças, línguas, cor, conceitos e que mesmo em civilizações diferentes são capazes de estar próximos e companheiros.

Os jogos vão começar e imagino que sua abertura será um espetáculo aberto ao mundo inteiro, como o vigor com que se prepararam para esse espetáculo de vários jogos e disputas em diversas modalidades esportivas.

Nesses momentos podemos nos convencer que estamos assistindo a um demonstração que é símbolo de paz, honestidade e luta pela felicidade universal.

A felicidade é uma obrigação porque sem ela não poderemos favorecer as pessoas que nos rodeiam e nascemos para isso. Essa concorrência entre diversos países é a concordância que na vibração que vamos assistir o espírito de competição saudável e equilibrado só conduz ao aperfeiçoamento cada vez maior.

Olimpíadas nos faz lembrar esporte, segurança, e expressão máxima na vitalidade de dos corpos dos atletas que dão um show não só de competência numa coreografia que é ao mesmo tempo demonstração de vida e certeza de generosidade, solidariedade e beleza.

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