COLUNA DE VÂNIA MOREIRA DINIZ

Nº 52 - 6/11/2008
(próxima: 21/11)

          
(atenção: novo e-mail)

Meu momento de alegria

                 Enquanto procuro encontrar o motivo dessa alegria tão profunda, a desiquilibrar-me em orgias interiores, penso em tudo que minha vida tem representado.Momentos intensos todos. Sejam de felicidade ou tristeza, mas sempre intensos.E adoro a intensidade! Luto, vibro, desejo, aspiro e clamo por ela em todos os sentidos.
                  Nada na vida para mim poderá ser morno ou razoável. Terá que sempre me fazer ter delírios que deixam meu corpo cansado e minha mente esfuziante. Quando choro, quero que as lágrimas desçam até arder minha pele e quando a alegria me domina os risos são os anjos que me fazem expressá-la sem medidas nem espaços, deixando que meu coração bata acelerado e eu possa ressarcir os momentos contrastantes com a fé dos grandes acontecimentos.
                 Hoje olhando a janela essa natureza abundante, vivi num segundo toda a minha vida, extraindo os ensinamentos que procurei, aperfeiçoando-me nos sofrimentos, superando-me nos entuasiamos profundos que sempre me souberam tornar incessantemente exuberante.
                 Essa é meu dia de alegria, não importam os percalços que entrecortam os caminhos nem as labaredas de decepções que aparecem vermelhas de tão fortes e verdadeiras. Minha alma não retém essa objetividade permanente nem quer se intranqüilizar com os pensamentos de catástrofes.
                 Desejo me isolar um pouco para absorver esse sentimento e depois poder espalhar e distribuir como se fossem confetes em pedacinhos que marcam e insinuam coloridos mil.
                 Enquanto procuro um lugar em que minha privacidade possa absorver a alegria que me invade fico pensando na vida que corre e não pode se deter. E digo para mim mesma que a vida não espera. Apresso-me em compreender o sentido desse momento e esqueço qualquer eventual transtorno, que modifique essa sensação estonteante que me domina por completo.
                 Lentamente, peço um pouco de calma ao meu coração e entendo que no decorrer da minha estrada aprendi a entender as complexidades do caminho e dançar e pular ao ritmo da própria música fazendo-a entoar harmoniosa.
                 Venho agora nesse começo de um novo ano me questionar quanto ás loucuras do meu espírito tão inesperado em seus gritos, anseios e desejos.
                 Agora, nesse exato instante de alegria eu me desfaço de lembranças passageiras e me fixo em tudo que de bom, feliz, completo, possa existir para me entender e poder usufruir o que estou sentindo com o vigor necessário que meu ser exige.
                 E vejo, sinto esse momento, e consigo soerguer meu coração em endiabrados pulos a cobrar de mim a certeza e veemência que lidera meus sentimentos. Compreendo então porque a razão de tanto transtorno e agradeço á intensidade com que sempre vivi cada trecho da minha vida.
                 Minha alma vibra em luz intensa delegando ao meu olhar a responsabilidade do brilho e do reflexo de alegria que envolverá outros seres e outros corações que precisam desse sentimento.


Colunas anteriores:
01, 02, 03, 04, 05, 06, 07, 08, 09, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 47, 48, 49, 50, 51

Colunas de convidados especiais