COLUNA DE VÂNIA MOREIRA DINIZ

Nº 55 - 21/12/2008
(próxima: 21/1/2009)

          
(atenção: novo e-mail)

Papai Noel, pode me ouvir?

           Nesta última coluna do ano de 2008, peço licença aos leitores para dirigir-me ao Papai Noel e encontrar em nosso íntimo em tempos de guerra, fome, doenças, desigualdades e indiferenças pelo menos a magia da esperança.
           
O natal está chegando finalmente e o movimento nas lojas é impressionante no afã de comprar presentes e consumir como se a vida fosse ininterrupta. As luzes parecem querer competir com as estrelas e a lua. E existe uma magia que não se equilibra enquanto estamos assim parados contemplando o movimento fascinante.
           
Papai Noel, sua figura perdura em nossas lembranças, no deslumbramento de certos momentos e jamais poderemos esquecer o velhinho que se imiscuiu para sempre em nosso coração. Não podemos sentir seu toque físico, de um abraço, de suas mãos quentes em nosso rosto e do meigo olhar a contemplar-nos. Mas certamente é real, porque ficou como um mito no coração e jamais finalizará sua estadia encantada.
           
A figura tradicional de barbas brancas, bastão para equilibrar os passos, roupa vermelha, e expressão suave nos olhos azuis continuará a seduzir as crianças e afagar a alma dos adultos de todo o mundo.
           
Esse papai Noel quem sabe, numa fantasia maravilhosa poderá vir agora enternecer as crianças que nunca sentiram o feitiço tentador de sua presença e nem aquela espera ansiosa, mas trepidante nos dias que antecediam ao natal.
           
Não imaginamos mais a época de sua viagem das paragens frias em que mora para o calor abrasante do verão e por que, onipotente e bondoso não começa seu caminhar cedo atingindo todos os seres humanos e demonstrando finalmente que preconceito e maldade não podem existir?
           
Ah, natal de brilho intenso, o sonho de poder tocar em cada esperança, com a certeza da infinitude incompreendida, natal dos brinquedos encantados a arrebatar a imaginação das crianças e dos desejos a atiçar o cérebro dos adultos.
           
Papai Noel, procura trazer para a humanidade a esperança, o amor, a solidariedade e o carinho embrulhados em papel de seda para que todos, sem exceção possam sentir expectativa e entusiasmo.
           
Com seu poder ilimitado vamos sonhar que jamais a desesperança se infiltrará nesse planeta mais do que existe e traga a certeza de dias melhores, a ausência de doenças e da miséria que ofendem a dignidade do ser humano.
           
Queremos voltar a acreditar na figura lendária que se afastou até em dias que antecedem o natal e já não transmitem a magia de uma presença solidária, em presentes ofertados com generosidade e da bondade que pressentíamos embora não entendêssemos discriminações profundas.
           
Vem querido papai Noel, deixe que possamos acreditar, crer, sentir o fascínio que levou consigo, mas que conservamos em nossas almas. Vem nós lhe esperamos. E esperamos principalmente para que nos traga confiança, certeza, ausência de miséria e ainda embrulhados em papel prateado para que possamos sonhar. Traga-nos o sonho, doce velhinho, traga-nos o sonho, o bem precioso que recorreremos em horas precisas. Nesse natal queremos o sonho.
           
E homenageando o amado velhinho desejo agradecer a todos os leitores e desejar um laborioso e empreendedor 2009. Que a luz do sol possa aquecer a toda a humanidade com a mesma intensidade.


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