Dei a minha mão direita
a minha mão esquerda.
E as enlacei.
Coragem, elas rezaram,
estamos aqui.
No calor desse alento
adormeci.
Porta-vozes
das entranhas,
as palavras
clamaram
decididas
velados desejos.
Afinal o ar.
Sem culpa.
Mais cedo
ou
mais tarde
tudo passa.
Tudo.
Indiferente
ao meu querer,
um suceder
imperturbável.
Incessante.
Enquanto respiro
o tempo se vai.
Num instante.