POESIA PARA MUDAR O MUNDO - 2013 - BLOCOS ONLINE
Mara Senna
MARA SENNA – Mara Senna (Mara Lucia Senna Oliveira Vieira) nasceu em Araxá, MG, em 1963. Vive em Ribeirão Preto, SP. É graduada em Odontologia pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto – USP, onde também concluiu Especialização e Mestrado em Periodontia. Exerceu a profissão por 25 anos, tendo sido também professora universitária por 15 anos. Escreve poesia desde muito jovem, embora só tenha publicado o primeiro livro aos 45 anos. É autora de "Luas Novas e Antigas" (edição da autora, 2009) e de "Ensaios da Tarde" (Editora Coruja, 2012). Participou das antologias poéticas: "Frutos da Terra - Expressões Culturais de Ribeirão Preto" (2009), "Ave, Palavra!" (2009), "10º Concurso de Poesias da Universidade Federal de São João Del-Rei, MG" (2010), "Prêmio SESC de Poesia Carlos Drummond de Andrade" - edições 2009, 2010 e 2011. Recebeu as seguintes premiações: primeiro lugar no I Concurso Literário de Crônicas da Academia de Letras e Artes de Ribeirão Preto – ALARP (2009), terceiro lugar no II Concurso de Crônicas da ALARP (2010) e Menção Honrosa no Concurso Nacional de Poesias Helena Kolody (2010), no Paraná. Participou do Salão de Ideias dos Autores Locais da Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto em 2011 e 2012. Foi homenageada no projeto Nossa Aldeia durante a 13ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto em 2013. É filiada à União Brasileira dos Escritores (UBE) – Núcleo Ribeirão Preto. Tem páginas em alguns portais da internet e também publica em seu blog: eMARAnhados http://marasenna.blogspot.com e na página http://www.facebook.com/poetamarasenna
mara.senna06@gmail.com

Ninho

Outro dia descobri, por acaso,
na minha roseira, um simpático ninho.
Que passarinho teria escolhido
essa locação de perfume com espinho?
Um passarinho muito sábio
que, parece, encontrou a medida.
Não é essa a combinação da própria vida?

Pandora

No cozimento da vida,
todos os males se evaporam,
todos os bens são consumidos.
A esperança fica no fundo da panela,
feito uma rapa de arroz bem cozido.

Mágica

Chega um tempo
em que,
por excesso de peso
e urgência de leveza,
perdoa-se.
Chega uma hora
em que perdoar
nem é tão complicado assim...
Eu quero é a mágica de esquecer.

Ponta de Estrela

Sonhava tão alto
que, um dia,
uma ponta de estrela
atravessou-lhe o peito.
Precisava sonhar desse jeito?

Mara Senna
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