O dedo de deus do homem
de polegar opositor
pinta hoje as cavernas
do mundo digital.
Arca de Noé e Torre de Babel,
o ciberespaço divino
é o elo perdido
de pagãos e ateus.
A colcha é de Babel, a torre é de retalhos:
a Babel que levava a Deus
hoje conduz o homem
ao encontro dos seus.
Coleciono pedaços e cacos,
fragmento auto-retratos
e re-engenho células.
Da metamorfose é meu extrato.
Passo a passo, rito a rito,
desenho mosaicos e alimento dígitos.
Meus tijolos de pensar
são jogo de armar infinito.
Gota no oceano e pó de estrela,
no mar de deus eu sou pixel.
No mar de dados, sou ponto:
matriz do novo, arquétipo do início.