POESIA PARA MUDAR O MUNDO - 2013 - BLOCOS ONLINE
Eunice Arruda
EUNICE ARRUDA – Nascida em Santa Rita do Passa Quatro (SP). Radicada na Capital, vem desenvolvendo atividades relacionadas à literatura: oficinas, leituras públicas de poesia e escritura de poemas. Integrou a “Geração 60” , ocasião em que lançou seu primeiro livro "É tempo de noite", pela Massao Ohno Editora. Cursou “Comunicação e Semiótica”. Com 15 livros publicados incluídos na Poesia Reunida, Editora Pantemporâneo de 2012, São Paulo, premiada no Concurso de Poesia Pablo Neruda, organizado pela Casa Latinoamericana, Buenos Aires, Argentina. É presença em antologias no Brasil e no exterior. Por tais iniciativas recebeu o prêmio de Mérito Cultural conferido pela União Brasileira de Escritores/RJ e em 2005, foi homenageada no projeto Mulheres do Mercado, concedido pela Casa de Cultura Santo Amaro – São Paulo/SP. Tem poemas gravados no programa Momento do poeta – Instituto Moreira Sales (IMS) – SP, disponível na Rádio IMS: http://www.ims.com.br. Participou, com leitura de poemas sobre a questão feminina no evento promovido pela Casa das Rosas, numa programação especial junto a exposição Mulheres do Planeta, de Titouan Lamazou, na OCA – Parque do Ibirapuera, em junho de 2009. Ao lado de diversas atividades relacionadas à poesia como publicação de livros, leitura pública de poemas e coordenação de eventos, Eunice Arruda editou um livro de contos intitulado “Dias contados”. No prefácio apresentado pelo contista Caio Porfírio Carneiro, o escritor coloca: “Esta poetisa, aplaudida e consagrada, só agora se apresenta ao público com o gênero curto da ficção. São textos voltados para o existencial, suas precariedades, contrastes e fragilidades da vida, no seu sentido totalizante". Ao lado, fotografia de Juan Esteves. Abaixo, quatro poemas que fazem parte da obra: "Poesia Reunida, Eunice Arruda" - Editora Pantemporâneo - São Paulo, 2012.

TRANSFORMAÇÃO

Anjo
dá guarda

Eu estou atravessando

Também me empresta
de tuas asas
o voo

Que eu chegue a nenhum lugar

TENTATIVA

Quis
ressuscitar
o morto

Não consegui

Ele não me ouviu
como Lázaro
a Cristo

Preferiu a morte
e a minha inutilidade

NO DIA

Um sol
me abraça

Amo o que é
          sonho
          fumaça

O que passa

FORMAS

presos
os pássaros
cantam

presos:
os pássaros
cantam

Eunice Arruda
Capa
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