Não não
não sou brancazeda,
mermão.
Baixa a bola e a bala
bem aqui
todo cabelo é ruim.
Toda alma é boa
eu sou pixaim. Tu é.
A gente é que endurece e
passa pente quente na aparência.
Faz mal não, mermão.
Nosso cabelo nunca será bom
mas todo corpo é divino. Tu é.
A gente inda vai se escorrer
no abraço certeiro
pele quente!
a bala morta
perdida.
Já rabisquei muito poema
o pé no chão
solarado.
Impossível o verso noturno
no assoalho de agora
já lustroso de tão gasto.
Meu coração precisa apanhar sol
eu preciso de óculos e luminária
essa é toda a minha
impossibilidade.