COLUNA DE VÂNIA MOREIRA DINIZ

Nº 62 - 21/4/2009
(próxima: 6/5/2009)

          

Minhas alucinações fantásticas

Há algum tempo uma amiga muito querida me disse que eu tinha “alucinações fantásticas”. No momento exato em que li essa frase me magoei. Senti meu coração um pouco ferido, porque estava num dia difícil. E jamais haviam me alertado para esse lado de minha personalidade. Mas raciocinei que ela poderia estar numa fase complicada também e me pus em seu lugar, mas principalmente resolvi pensar nesta conclusão como um elogio.

Como sempre contei até dez para começar a refletir. E levei essa frase para o lado positivo como costumo fazer quando algo me atinge. E quem sabe se desde pequena a imaginação que me facilitou a escrita começando da fase infantil, não tenha sido justamente por causa de “minhas alucinações fantásticas”?

Daí fiz um retrospecto de minha vida, uma espécie de regressão e meu pensamento voou para lindas paragens que já passaram mas que me trouxeram dias felizes em que me sentia voando entre a inspiração e a realidade, procurando negar as tristezas e delirar com as alegrias, ver o lado bom de nossa caminhada e apreciar essa maravilhosa paisagem provisória, momentos esses que existem até hoje e que me dão um prazer indizível.

Gostaria que me minha imaginação acertasse quando sonho que a felicidade seja uma realidade para todos os seres humanos, o preconceito banido, a ostentação compreendida como uma prática sem conteúdo, a vaidade dosada, a fome extinta , o perdão seja sempre sincero, que possamos com carinho “nos preocupar com o outro” e que a paz perdure integralmente em cada um de nós e na humanidade em geral.

Que minha imaginação jamais possa pensar mal de alguém. Jamais. O melhor é que ela seja usada para me aprofundar nas minhas próprias verdades e pedir ao Senhor do Universo que me torne uma pessoa melhor porque sei a quantidade de defeitos que carrego.

Mas desejo que ela continue indefinidamente acreditando nas pessoas e sendo eficiente no meu mundo interior para que possa enriquecer meu espírito e correr insondável em espaços ilimitados de criatividade saudável.

Foi bom esse alerta. Talvez eu esteja me preocupando demais, procurando detalhes onde não é necessário e precisando ser mais objetiva dentro do contexto de minha própria vida. Talvez eu necessite urgentemente entender que estamos não só na época da tecnologia que cada dia se aperfeiçoa mais, mas também num momento de mais praticidade e menos melindres.

E como amo a informática, vou caminhando e procurando evoluir se não completamente e na mesma medida, mas pelo menos proporcionalmente ao nosso avanço atual desse mundo globalizado que tanto admiramos.


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