COLUNA DE THATY  MARCONDES 
Na área empresarial, trabalhou na implantação de projetos de administração, captação e aplicação de recursos, e ainda em redação e revisão de textos técnicos. Nascida em Jundiaí, reside atualmente em Ponta Grossa/PR, onde exerce o cargo de Delegada na área Literária (Secretaria Municipal da Cultura).

1ª quinzena de fevereiro de 2010 - Coluna 123
(Próxima coluna: 3/3/2010)

Voltar à casa materna

Voltar a escrever em Blocos é como voltar à casa materna. O cheiro doce de café passado na hora, o pão quentinho com a manteiga (manteiga de verdade, nem ousem sonhar com margarina e outros sintéticos) derretendo sobre o miolinho branco, um pedaço de queijo fresco, a cara da mãe com aquele olhar de “eu sabia que você voltava pra cá, eu bem que avisei que isso não ia dar certo”...

Não deu nada errado, não, eu apenas precisava de tempo, de reciclagem interna, de novos olhos e frescos odores do cotidiano também renovado e modificado. Precisei de tempo pra estancar o sangue e cicatrizar as feridas. Deixar a escrita mais leve, a vida mais leve, e até o corpo mais leve (regime vira obsessão mesmo... rs). E escrever em Blocos vira vício, necessidade de comunicação, como se fosse uma linha direta: o texto quentinho (como o pãozinho na casa da mãe) à espera da manteiga do leitor.

Bem, estou de volta à casa da “Dinda” Leila, do Anjo Urhacy e da Doce Mônica (que delícia, esse contato!) e de tantos amigos queridos, pois casa de mãe é sempre cheia de amigos: a porta sempre aberta e tem carinho pra todo mundo. E esse trio, além do café, nos enche de cultura, de poesia, de mágica. Já notei que meu cantinho está do jeitinho que deixei assim como meu lugar à mesa.

Pra quem gostou: ótimo, vamos curtir uma nova etapa; pra quem não gostou: oras, vá pra casa da sua mãe e alivie seu coração, enterneça sua alma, curta a vida, peça colo, que, às vezes, é bom demais.

Voltei doce, mas com um cadinho de pimenta, que ninguém é de ferro ou fala o que pensa sem um pouco de acidez.

E como diria a grande poetisa (minha Dinda literária, com muito orgulho): O bom filho à casa torra...

 


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