COLUNA DE VÂNIA MOREIRA DINIZ

Nº 88 - 6/6/2010
(próxima: 21/6/2010)

          

Dia da Paixão

           Estamos “vivendo” o Dia dos Namorados no qual todas as pessoas apaixonadas se congraçam num mesmo gesto e principalmente nas mesmas sensações.Em corações enamorados, não importa a idade, origens ou crenças, o sentimento é universal e semelhante em suas características porque paixão é a sensação mais forte e desvairada cujo diagnóstico principal é a ausência completa de reações coerentes. Mas como é delicioso!!!!!
           Ah a paixão... Perguntamos sempre, que sentimento é esse capaz de nos levar a atitudes que jamais seriam concretizadas normalmente e que nos arrasta poderosamente, fazendo com que sintamos talvez só nessas ocasiões que o coração é capaz de bater com muita e indiscriminada intensidade....Na paixão tudo é extraordinário: Podemos vislumbrar o sol com mais intensidade, as estrelas são distinguidas por sua luz a olho nu e conversamos com o mar, as árvores, os pássaros, a lua e na verdade entendemos e até ouvimos sua secreta voz. Melodia mágica a nos falar de amor e de contos de fada, esquecidos de coerências e do dia-a-dia monótono e ultrapassado.
            Ah estar enamorado, apaixonado, é nem tomar consciência que existe amanhã porque estamos demasiados perdidos nos olhos de alguém que naquele momento é o centro maior e único do universo inteiro e o viver se impõe misterioso e convidativo.
           Ah a paixão, que faz com que os corações se apertem, à procura do que não se sabe nem se tem consciência, perdidos em pensamentos longínquos de abraços silenciosos, inacabados e beijos tórridos e só existe aquele momento tão mágico quanto verdadeiro. Vibrações infindas e inexplicáveis, vontade de falar tudo e ouvir a voz amada, e o território de um mundo a dois absolutamente cativante.
           Ah a paixão, que se comemora no dia dos namorados, mas que não dá trégua um só instante, éden de nossos sonhos e cuja ambrosia deleitosa nos leva aos píncaros do prazer imortal e inacabado.
           No dia dos namorados são comemoradas todas as espécies de sentimentos românticos, atuais e passados, vividos hoje, conservados ou não ao longo do tempo, mas verdadeiramente é o dia da paixão inconseqüente e deliciosamente louca, de gestos, palavras, desejos, ausência de qualquer pensamento finito, porque naquele momento é eterna e ilimitada.
           Dia dos olhares apaixonados em que tudo se concentra nessa profundidade maravilhosa que fitamos no desespero da paixão, no ápice absoluto do amor desvairado.
           Ah a paixão que verdadeiramente é comemorado nesse dia de amor, com ausência de tristezas, monotonia, incompreensões, dores porque simplesmente não existem quando vivemos esse transe deliciosamente latejante.
           E para entendermos melhor ainda, o dia dos namorados é apenas um símbolo, porque a paixão é ininterrupta e lancinante, marcante e poderosa, causticante e surpreendente, e somente ameniza quando estamos nos braços majestosos, fortes, esplêndidos daquele a quem amamos.
           Ah a paixão, que nos submerge em torrentes e redemoinhos estonteantes e arrebatadores sem volta e sem espaço, a mais primorosa forma do sentir imprescindível e ao mesmo tempo deliciosamente enriquecedora, loucura a mais sedutora que poderemos sentir um dia!
           Ah a paixão, misto de química, sentimento e fascinação, Ah, a paixão que nos faz vulneráveis, dominados, à procura do oxigênio energizador que só a pessoa amada é capaz de fornecer.


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