Para continuar falando da internet em relação à literatura acho realmente que a tecnologia nos trouxe grandes vantagens como a pesquisa, a facilidade de escritores postarem seus textos, a resposta para muitas dúvidas em assuntos diversos, as informações rapidamente resgatadas, a biografia de autores harmonizada e atualizada e os diversos bons sites que falam de letras, cultura e da humanidade em geral. Só precisamos tal qual no mundo físico escolher os caminhos pelos quais temos preferências e necessidade.

Lamento, no entanto, os lindos textos de “autores desconhecidos” com fabulosas lições de vida e extraordinário talento que são tão frequentemente repassados sem que o verdadeiro autor ou suas famílias possam sentir o reconhecimento do leitor.   Em  minhas páginas jamais colocarei nada que não tenha o nome do autor. Os “autores desconhecidos” merecem ser procurados incessantemente antes de serem publicados. Em minha opinião só com o nome verdadeiro do autor teremos direito de divulgar esses escritos. É o respeito que o escritor merece.

Os livros eletrônicos trazem sim muitas vantagens além da beleza das edições. No meu caso, costumo ler inteiro um e - book pelo qual me sinta atraída, mas não tenho o hábito de navegar indiscriminadamente procurando sites e emoções que encontro na vida real. Isso me faria perder um tempo enorme.
Jamais o livro eletrônico, apesar de seu valor imenso, tanto que tenho vários editados, ultrapassará o livro impresso e para quem tem o costume de ler muito e compulsivamente, o livro de papel continua a ser o fascínio que nada substitui.

Vou às livrarias pelo menos duas vezes por semana à procura de publicações de diversas categorias e inúmeros autores e meu prazer se intensifica cada vez mais com a leitura. Fico completamente absorvida. As prateleiras de minha casa superlotadas me obrigam a espalhar livros pelo meu escritório, até em cima da minha mesa de trabalho e quem me conhece bem sabe a riqueza que eles representam para mim.

Leio até de madrugada e não trocaria jamais esse prazer por nenhum programa de televisão mesmo porque o nível destes últimos é realmente deplorável. Posso até por hábito ligar a televisão, mas minha concentração está toda no livro que estou curtindo com um prazer indizível.

Quanto ao computador, navego na internet apenas para enviar um texto, fazer pesquisa, absorver-me direto numa página que interessa,  responder e-mails de amigos e mandar as atualizações dos meus sites.
Fora disso estou sempre no Word ou nas páginas do meu site inserindo o novo conteúdo dos meus colaboradores ou meu, escrevendo e trabalhando intensamente. O Word é  meu porto seguro, onde posso realizar o que tanto amo: escrever.

Acho a tecnologia sedutora e sou fã incondicional da internet, mas jamais deixaria meu hábito de ler todos os dias durante várias horas. Nada há que me fascine mais do que um bom livro.
Fazer meu passeio às livrarias, envolvida nas edições recentemente publicadas ou buscando outros que me interessem além de ser  absorvente é uma necessidade contínua que aprendi desde criança e que perpetuei em cada dia de minha existência.

É um combustível arrebatador, que refaz minhas energias gastas e além de animar o espírito recondiciona ininterruptamente o trabalho diário, atiça a cada momento a minha curiosidade e fortalece meu cérebro. Mas ler para mim é sobretudo um deleite sem o qual  eu me sentiria terrivelmente enfraquecida e infeliz.

Assim como a televisão não predominou sobre o rádio que continua com seus fãs cativos, acontece  o  mesmo com o  e - book e o livro impresso. Ambos ocupam lugares diferentes embora nada se compare a pegar um fascículo, folheá-lo, sentir o contato maravilhoso desse toque e ir curtindo o prefácio, a apresentação do autor e o conteúdo que se segue e que representa  um orgasmo literário sedutor e um dos prazeres maiores de minha vida.