COLUNA DE VÂNIA MOREIRA DINIZ

Nº 120 - 6/5/2012
(próxima: 21/5/2012)


          

Dia das Mães

Desejo prestar minha homenagem às mães de todo o mundo. E principalmente àquelas que estão longe de seus filhos porque partiram antes delas por diversas razões: Doenças, guerras ou acidentes. A essas meus carinho e admiração especial por continuarem sua missão com persistência e fé cuidando de outros filhos ou realizando ideais que contribuirão para um mundo melhor.

Desejo também reverenciar à minha mãe verdadeira que me abrigou nove longos meses, criou, confortou, ensinou e deu-me a possibilidade de estar realizando  minha vida e cumprindo meus sonhos.

Recordo-a quando eu era tão pequena descendo do ônibus escolar e nas vezes em que me esperava ali, dando-me a mão  para que eu descesse com conforto e alegria. Nas lembranças mais remotas que eu guardo em minha memória, vejo uma mulher extremamente bonita, olhos negros e misteriosos e a altivez indelével, imaginando o que haveria em seus pensamentos. Minha mãe sempre me fascinou por sua inteligência, cultura e o poder que tinha sobre as pessoas de um modo geral, especialmente sobre meu pai.

Saí muito cedo de casa, e visitava-a em todas as oportunidades que podia, mas sua figura não sairá nunca de dentro de mim, especialmente do coração. Tínhamos conflitos sérios, mas eu a amava  muitíssimo e a admirava profundamente como até hoje, mesmo depois de sua morte. O que havia é que ela tinha um modo de enxergar a vida e eu via o mundo de outra maneira desejando mergulhar o mais depressa possível em águas profundas e densas.

Mas ela ensinou-me o dom da persistência, da verdade e da confiança em si mesma. Muitas vezes, quando saíamos para passear eu tinha orgulho dessa mulher determinada e carismática, capaz de fazer-se amada com constância pelas pessoas que lhe cercavam. E que não arrefecia diante de nada. Sinto no fundo de minha alma a admiração que ela sentia por mim e por isso queria ou gostaria de me ensinar a viver. Mas como ela tinha me doutrinado subjetivamente a voar exerci esse dom muito cedo. E  não tenho palavras tão fortes como eu desejaria para dizer o quanto foi importante essa simbiose que me levava a querer demonstrar-lhe meu infinito amor. Amor que perdura, e se fará eterno e eloqüente.

Durante minha vida tive mais duas mães de alma, é claro, que me amaram e foram amadas por mim indefinidamente e isso foi um privilégio, que reconheço, raras pessoas possuem, por isso agradeço essa dádiva imerecida. Essas mulheres me conheceram muita garota, uma delas criança e a outra quando mal tinha saído do seio de minha família, menina ainda mas casada e com duas filhas. E disse que daquele momento em diante eu seria sua filha adotiva. Foi realmente. Eu estava longe de minha mãe verdadeira, e ela tem sido minha protetora e amiga, alegrando-se com minhas vitórias, chorando com as tristezas, embalando-me no seu amor maternal.

Por essa razão o Dia das Mães é muito especial para mim. Tive uma glória imensa ao merecer dessas mulheres raras um amor de mãe e também conceber e criar duas filhas maravilhosas a quem passei todo o amor que recebi sem restrições. E nada mais natural do que nesse dia dedicado às mães render minhas homenagens nessa caminhada que tem sido inesperada,  fascinante e transbordante de ternura.

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