Bárbara Bandeira Benevento 
Carioca,  psicóloga, solteira, 27 anos, trabalhou com deficientes visuais, é sobrinha-bisneta do poeta  Manuel Bandeira.
Leia também seu blog, no endereço: <http://www.amorracional.blogger.com.br>.  Na foto, nossa colunista com Sacha.

  Coluna 109 

"Quando se é capaz de lutar por animais, também se é capaz de se  lutar por crianças ou idosos.
Não há bons ou maus combates, existe somente o horror ao sofrimento aplicado aos mais fracos, que não podem se defender".
Brigitte Bardot
 

"Os gritos de dor e sofrimento dos animais não param de ressoar aos ouvidos dos homens, mas poucos são os que prestam atenção e menos ainda, aqueles que agem a fim de impedi-los" (Mestre Hindu)
  

Olá Leitores,

Trago hoje de presente um artigo muito interessante da amiga Fátima Borges, mostrando o que está por trás das vacinas que tomamos desde criancinha até a velhice.

Por isso, peço a vocês senso crítico. As informações passadas pela mídia escrita e falada podem ser questionadas. Não devemos receber as notícias como receitas prontas e aceita-las como VERDADE ABSOLUTA.

Reflexão, ler nas entrelinhas, escutar através, é fundamental para podermos fazer escolhas, decidir o que será bom ou não para nossa vida.

Muitos racionalistas e cientistas, consideram os animais bastante diferentes de nós humanos e por não se comunicarem verbalmente, acham que temos o direito de explora-los e cometer qualquer ato de crueldade sem culpa – eles não passariam de máquinas biológicas, que existem para nos servir ( escravizar, matar, divertir, prender, nos vestir, comer, vender, etc).

Por outro lado, para esses mesmos Cientistas, eles são tão parecidos conosco que, para fabricar qualquer produto, seja cosmético, remédio ou vacina para humanos eles utilizam como cobaias justamente os outros animais.

Onde estaria a lógica tão preconizada por eles? Onde estaria a racionalidade nesse pensamento tão contraditório? Estariam eles com a “Razão”? Ou estamos sendo enganados por um sistema utilitarista, mecanicista, em que a indústria da doença lucra mais do que a da prevenção?

Deixo a reflexão.

E gostaria de ressaltar que, independente de Animais não Humanos serem iguais ou não, temos que respeitá-los. Homens e Mulheres são diferentes (biológica e fisicamente falando), Negros e Brancos, Orientais e Ocidentais. Nenhuma espécie ou raça pode ser medida qualitativamente, não existe inferioridade e superioridade, apenas diferença.

Vacinas: Por que ainda se testam em seres tão diferentes de humanos? 

Fátima Borges

Em 1796, Edward Jenner descobriu a vacina contra a varíola . O teste foi feito injetando a secreção das fístulas de uma vaca, pus, em um menino. Semanas depois inoculou a criança com varíola humana e ela não adoeceu, simples e eficiente, isso há 210 anos! Posso afirmar que o sucesso do experimento se deu pelo fato de se ter usado o modelo correto para a cura em humanos?

Hoje, discute-se ainda a eficácia e segurança das inúmeras vacinas, testadas em animais, e aplicadas, principalmente, nas crianças. Há vários artigos condenando as vacinas, muitos alegando que a melhoria do ambiente e do estilo de vida somados às melhorias no serviço de Saúde Pública e alimentação são as verdadeiras responsáveis pelo extermínio de várias doenças, como nos Estados Unidos, onde a Poliomielite desapareceu sem que houvesse nenhuma vacinação contra essa doença. Apesar da enorme polêmica gerada em relação às vacinas, vou me ater somente a questão dos animais usados para os testes das mesmas.

Milhares de animais confinados em laboratórios servem de cobaias, todos os anos, a fim de provarem a eficiência e segurança das vacinas que serão aplicadas em humanos. Se formos nos valer dos depoimentos de renomados cientistas, como o Dr. Alberto Sabin, veremos que “nem tudo o que brilha, é ouro”. Sua afirmação de que as pesquisas feitas em animais prejudicaram o desenvolvimento da vacina contra a Pólio, nos deixa, no mínimo, com um pé atrás. A primeira vacina contra a Pólio e a Raiva funcionou bem em animais, mas matou as pessoas que receberam a aplicação.

O biólogo Sérgio Greif, formado pela Unicamp, Universidade de Campinas, causou bastante desconforto nos cientistas presentes ao DEBATE PÚBLICO sobre experimentação animal, na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, quando em defesa do PL 325/2005, de autoria do Vereador Claudio Cavalcanti, afirmou em seu discurso:

“[...] nosso trabalho é divulgar a História da Ciência de fato e expor todas as falhas que derivaram das pesquisas em animais, mostrar que a pesquisa animal até hoje não produziu nenhum resultado benéfico para a saúde humana, pelo contrário, só produziu desinformação e doenças.” E, para piorar ainda mais o desconforto, discorreu sobre todos os efeitos adversos das vacinas, baseando-se, pasmem, no próprio Manual da Vigilância Epidemológica dos Eventos Adversos Pós-Vacinais do Ministério da Saúde.

Para a Cientista Drª Helena Abuaward “muitos dos vírus e bactérias que atacam o ser humano não produzem doenças em outras espécies; que a maioria das bactérias e viroses já foram estudados e classificados; que o macaco, por exemplo, é imune ao vírus da febre amarela; e que a Ciência pesquisa sim, mas carece de respostas nos humanos e que esta resposta não está nos animais.”

Respondendo a uma pergunta sobre a existência de testes alternativos e sua eficácia, a Drª

Odete Miranda, professora da Faculdade de Medicina do ABC, respondeu:

“ Sim, posso até citar um cientista que usava 4.000 camundongos por ano para testar uma vacina anti-rábica. Ele próprio foi desenvolvendo outras formas até que agora faz os testes sem usar camundongos, utilizando o método “in vitro” e com a mesma qualidade.”

“Existe uma falsa idéia de que os avanços científicos são os salvadores da vida. Isto não é verdade. Quando o antibiótico foi criado,ele reduziu a mortalidade em apenas 3,2%. O que na verdade reduziu a mortalidade da população foi saneamento básico, alimentação e melhora das condições sociais.”

O Comitê Nobel classificou de “desperdício” o estudo feito por um grupo que utilizou testes em animais em seus trabalhos de desenvolvimento da vacina antipólio, enquanto que o grupo que desenvolveu a vacina antipólio baseando-se no método “in vitro” recebeu o Prêmio Nobel.

Tom Regan, autor do livro “Jaulas Vazias”, em uma entrevista para a Rets ( Revista do Terceiro Setor) foi mais longe quando afirmou: “ por que devemos confiar em testes de vacina feitos com animais? Minha resposta é simples: não devemos confiar neles. Acontece que muitas pessoas estão ganhando dinheiro convencendo muitos de nós que “precisamos” de pesquisas com animais. Não há racionalidade científica para esse tipo de pesquisa. A racionalidade é o dinheiro.”

Espero ter conseguido, através deste artigo, alertar os leitores quanto ao perigo que representa para a saúde humana a passiva aceitação dos experimentos em animais para a cura de nossas mazelas.

Segundo o Drº Edward Kass ( Escola Médica de Haward, em discurso no Infectus Disease Society of América – Prouix, 1995): “Não há pesquisa médica que tenha barrado a Tuberculose, Difteria, Pneumonia e Septicemia puerperal - o crédito primário para estas monumentais realizações tem de ser dado para a saúde pública, melhoria de condições sanitárias e a melhoria nas condições de vida.”

Para maiores informações:

www.internichebrasil.org/index.html

A Verdadeira Face da EXPERIMENTAÇÃO ANIMAL– A sua saúde em perigo , Sérgio Greif e Thales Tréz

Editora Falabicho - Caixa postal 31047 RJ cep.: 20 732.970

Alternativas ao uso de animais vivos na educação – pela ciência responsável – Sérgio Greif

Instituto Nina Rosa – caixa postal 11 278 cep.: 05422-970 São Paulo

UKAVIS-UK Anti-vivisection ,Information Service,Londres, Inglaterra.

Fotos: www.pea.org.br/

Fontes:
Diário Oficial do Poder Legislativo – CÂMARA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO- 23 de junho de 2006
http://www.agencia.fapesp.br/


Esta coluna é atualizada quinzenalmente, às segundas-feiras
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