Mito em contexto - Coluna 71
(Próxima: 20/6/2009)
A colunista
em Micenas, na Acrópole de muralha "ciclópica".
Os ciclopes tinham estatura elevada, imensa força física e um único olho situado no meio da testa. Na mitologia apareceram vários tipos de Ciclopes, como os filhos de Urano e Gaia, que participaram da batalha contra os Titãs; os filhos de Poseidon, que figuraram na Odisseia, e os auxiliares de Hefestos, o deus artesão. Os Ciclopes construtores edificaram enormes blocos de pedra, como as fortificações de Micenas e Tirinto, conhecidas até hoje pela sua estrutura e chamadas por isso de muralhas ciclópicas.
O cegamento do Ciclope Polifemo é uma das mais famosas cenas da Odisseia. Ulisses e seus homens desembarcam na terra dos Ciclopes no caminho de Troia até Ítaca. Eles se abrigaram na gruta que pertencia a Polifemo, mas o antropófago dono da casa não foi amistoso e devorou alguns homens. Arquitetando um plano, Ulisses o embebedou e, quando o gigante perguntou seu nome, disse que se chamava Ninguém. Ulisses furou o olho do bêbado enquanto este dormia. Urrando de dor, Polifemo foi sorrido pelos outros Ciclopes, mas só conseguia gritar que “Ninguém queria matá-lo”. Todos escaparam escondidos embaixo de peles de animais. Polifemo era filho de Poseidon, deus dos mares, o que fez Ulisses ser perseguido e passar mais tempo do que devia no seu retorno para casa.
Apesar de cruel e violento, Polifemo se apaixonou pela nereida Galateia. A jovem rejeitou o ciclope porque estava enamorada do pastor Ácis, filho do deus Pã. Um dia, Galateia e Ácis foram vistos por Polifemo, que jogou o pastor contra um rochedo. Ácis foi convertido em um rio perto do monte Etna e Galateia se lançou ao mar, indo viver nas ondas.
Uma Galateia com sorte foi a amada de Pigmalião, um escultor de Chipre que não gostava do comportamento das mulheres da ilha, por isso vivia isolado e voltado exclusivamente para o trabalho. Mas Pigmalião adorava a beleza feminina, por isso esculpiu em marfim uma imagem de mulher para lhe fazer companhia. A figura esculpida foi primorosamente trabalhada e ficou tão perfeita que parecia viva. O escultor se apaixonou pela sua obra; cuidava dela como uma mulher real e a chamava de Galateia. Pigmalião implorou à deusa do amor, Afrodite, que lhe permitisse encontrar uma mulher como a sua Galateia. A deusa atendeu seu pedido e deu vida à estátua, que se tornou esposa do escultor.
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