COLUNA DE VÂNIA MOREIRA DINIZ

Nº 152 - 6/5/2014
(próxima: 21/5/2014)


          

Dia das Mães

Desculpem. Estou meio perdida nessa comemoração do “Dia da Mães”. Logo depois desta data que todos os anos comemoro com a mesma fé dos grandes acontecimentos fará sete anos que minha mãe morreu. Exatamente no dia 30 de maio. E ainda não consegui absorver esta verdade. Por vezes  tenho a impressão que ela ainda está me olhando com os mesmos olhos negros e inescrutáveis  que tão bem conhecia e por mais que soubesse de nossa finitude, não queria pensar que um dia enfrentaria essa dor enorme.

Na verdade nunca sabemos a intensidade desse sofrimento, apenas imaginamos. E naturalmente queremos nos distanciar desse pensamento por si só incompreensível

Costumo fazer neste dia uma homenagem a todas as mães, mas hoje peço licença para lembrar de modo especial aquela que me deu a vida e que revejo com saudade durantes esses meses em que recordações se sucedem como se fosse um filme interminável. 

O que desejo especialmente neste ano é agradecer todo esse tempo que pude desfrutar de sua carinhosa convivência e dizer-lhe que foi um privilégio tê-la tido como mãe. E tudo isso me acompanhará enquanto eu viver.

Seus ensinamentos, a educação, a cultura que admirávamos, o senso de ética e verdade, a transparência que imprimia em todos os seus atos e que passou a meus irmãos e a mim nos acompanha, são tesouros que permanecerão conosco para sempre. Nada poderá usurpar essa herança preciosa que nos legou.

Contemplo-a como se ela estivesse aqui e recordo a casa grande na Rua Barata Ribeiro em Copacabana onde passamos nossa infância e adolescência. Jamais conseguimos imaginar na época exata o valor inestimável dos tempos em que estamos vivendo. E por isso tudo se torna muito especial quando contemplamos cada momento que já passou.

O dia da mães era comemorado por meu pai e transmitido aos filhos com particular ternura e as lembranças para aquele dia se revestem hoje de uma magnitude ilimitada.

Dona Luiza Alice era admirada por todos porque possuía uma vontade férrea, consciência de seu valor, conceitos e ideias que a tornavam especial e principalmente porque meu pai e avô valorizaram sempre o papel da mulher.

No dia da mães quero abraçá-la com a fé do amor profundo que nos uniu e seu rosto bonito estará gravado não só no meu coração mas também na memória com todos os detalhes de suas expressões e em nome dela e no meu, cumprimento todas as mães do universo com carinho indescritível, mesmo àquelas que dolorosamente já perderam seus filhos.

Às mães, meu preito de admiração e especialmente a minha saudade intensa àquela que até o ano passado se mantinha perto de mim e agora está num espaço de muita luz no horizonte colorido em que um dia estaremos todos juntos.


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