INSINUAÇÕES

A sensibilidade do toque de pluma que fica no ar... Não, não houve toques. Nada de físico. Tudo no plano da imaginação, da insinuação. A brevidade dos olhares que se perscrutam, que se estudam, que tentam adivinhar. E a magia, onde colocá-la? Sem magia, sem falsas ilusões, sem promessas. Os prazeres físicos ficam em seu próprio campo, sem depois, sem telefonemas, sem surpresas, futuro, amanhã ou depois de amanhã. Apenas até. Apenas a curiosidade. E depois? Depois é apenas advérbio, e como tal deverá ser utilizado adequadamente em alguma frase de efeito, sem defeito, sem preceito, sem alimento e sem nem mesmo talvez. Um quase rouco na pergunta, um silêncio na resposta, uma promessa muda que jamais se cumprirá. Admiração gera tesão? Pois amor, com certeza, não gerará... Talvez? O silêncio dos solitários sem esperanças sem heranças de amor ou de desamor ou de qualquer sentimento. A vida apenas seguirá seu curso normal depois do ato (se, de fato, ele ocorrer!). Não... Definitivamente não! Troco o alimento sensual por uma marmita, que apenas o corpo me alimentará.  Arroz, feijão, farofa,... O básico que me sustente o corpo. O espírito de saudade se alimentará. Talvez algum texto, colocando no contexto um pretexto pra reflexão da alma.

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