JOSÉ NÊUMANNE
Jornalista, editorialista do Jornal da Tarde, comentarista da Rádio Jovem Pan e do SBT, poeta e escritor com diversos livros publicados, entre eles: Solos do silêncio – poesia reunida  e O silêncio do delator, agraciado com o Prêmio "Senador José Ermírio de Moraes", da ABL. Leia novo texto de Ronaldo Cagiano na fortuna crítica do autor e conheça a poesia do colunista, cujo CD agora tem opção de download. Site: http://www.neumanne.com

Colunas de 30/5
(Próxima coluna 6/6)

Da incompetência ao desafio

Quem quiser ver como funciona o governo Lula de verdade está convidado a comparecer às ruas próximas do prédio da Superintendência da Polícia Federal (PF) na Lapa, em São Paulo. Ali se formam diariamente filas quilométricas de pretendentes a um documento sem o qual nenhum cidadão brasileiro pode deixar o País: o passaporte. Sem dar a mínima para as exigências da demanda, aquela repartição burocrática decidiu autocraticamente que só atenderá a 300 pessoas diariamente para requerer ou receber o disputado papel. A exemplo do que ocorre nos postos de atendimento da Previdência Social, só consegue ser atendido quem chega muito cedo, pois são distribuídas as senhas apenas para o número determinado e não é raro alguém ir mais de uma vez até conseguir ser admitido no interior da repartição.

A PF tem protagonizado megaoperações resultantes de investigações em torno de crimes de colarinho branco, que não envolvem muito risco pessoal de seus agentes e dão excelente retorno publicitário. Muito menos risco de vida, contudo, correm seus funcionários encarregados dessa função burocrática e não conseguem cumpri-la de forma eficiente. Assim o governo Lula se move: pão e circo para o povo e estresse para os cidadãos fora do alcance da Bolsa Família, obrigados a enfrentar a brutalidade, a morosidade e a ineficiência de servidores que para nada servem. Os tiranos comunistas não permitiam que os ditos soviéticos saíssem do país e os chineses precisam de passaporte para viajar dentro das fronteiras nacionais. No Brasil não se proíbe. Em nome da democracia popular, apenas se dificulta a locomoção.

Colunas anteriores:
01, 02, 03, 04, 05, 06, 07, 08, 09, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 4445, 46, 47, 48, 49, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 57, 58, 59, 60, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 88, 89, 90, 91, 92, 93, 94, 95, 96, 97, 98, 99, 100, 101, 102, 103, 104, 105, 106, 107, 108, 109, 110, 111, 112, 113, 114, 115, 116 , 117, 118, 119, 120, 121, 122, 123, 124, 125126, 127, 128, 129, 130

« Voltar