Bárbara Bandeira Benevento 
Carioca,  psicóloga, solteira, 27 anos, trabalhou com deficientes visuais, é sobrinha-bisneta do poeta  Manuel Bandeira.
Leia também seu blog, no endereço: <http://www.amorracional.blogger.com.br>.  Na foto, nossa colunista com Sacha.

  Coluna 136
(próxima coluna 19/6)

"Quando se é capaz de lutar por animais, também se é capaz de se  lutar por crianças ou idosos.
Não há bons ou maus combates, existe somente o horror ao sofrimento aplicado aos mais fracos, que não podem se defender".
Brigitte Bardot

Olá queridos leitores

Logo de início peço para que vocês ajudem um abrigo: divulgando, adotando, doando material, ração, etc. Ele precisa muito, assim como tantos outros, mas esse é o da vez.

Uma amiga foi visitá-lo e disse que a situação é terrível... são aproximadamente 300 cães, fora os gatos. Muitos estão em estado terminal, em situação crítica. Eles só comem dia sim, dia não e cada dia mais pessoas maldosas abandonam cães na porta desse abrigo. Vamos ajudar? Essa amiga pegou um cachorrinho, de raça, completamente debilitado, muito magro, com infecção no sangue, sarna, febre e uma tristeza de cortar o coração. Agora está na casa dela e tive o prazer de conhecê-lo, ver como é amoroso e lindo, já engordou um pouco, seus pêlos começam a crescer, está sendo muito paparicado e aquele ar de depressão está sendo substituído por um pouco mais de esperança.

Agora adivinhem como chegou a este estado? Foi abandonado por uma mulher, em um carro de luxo, na porta desse abrigo pobre. Provavelmente tinha uma família que o COMPROU e o DESCARTOU como uma mercadoria.

Por isso peço que vocês adotem. Animais não humanos não são objetos de consumo, não são propriedade nossa e merecem respeito. Um dia, quando acordarmos, veremos que tratamos seres indefesos como no passado tratamos negros escravos e judeus, veremos a barbaridade que cometemos e talvez seja tarde demais para eles e para o planeta.

Então, vamos refletir só um pouquinho, não estou pedindo muito. Se tratamos nossos irmãos dessa forma cruel, como podemos falar em paz, como podemos falar em amor, união, felicidade, etc. Precisamos falar menos e começar a pensar e agir diferente.

Como queremos receber amor se não damos, como queremos ensinar se não aprendemos, como queremos que os outros mudem se não mudamos, como queremos que o MUNDO mude se não queremos fazer nenhuma força. Tudo o que fazemos tem um preço, todas as nossas ações interferem paro o bem ou para mal, atraímos o que pensamos, temos a resposta do que fazemos e por aí vai.

Os animais não humanos não pedem para que os compremos como mercadorias. Pensem bem antes de assumir essa responsabilidade.

Quando alguém os abandona, além do sofrimento absurdo dos animais que tanto nos amam, ele está sobrecarregando protetores, pessoas do bem, que nada tem a ver com esse ato inconseqüente. Por isso, se você tem respeito pelos os animais, NUNCA os compre, porque você está financiando uma industria da crueldade e abandono.

Se quiser ajudar um amigo muito querido, ADOTE-OS. Enquanto não conscientizarmos as pessoas estaremos enxugando gelo.

No memso momento que protetores recolhem animais, cuidam, castram e colocam para adoção, alguém está cruzando, vendendo, abandonando e assim o problema nunca é solucionado. Pensem nisso!!!

Caso queiram ajudar, mandem e-mail para mim: psinaweb@gmail.com

Você é o que você come, o que você pensa, o que você veste, o que você assiste. O que estou fazendo comigo? reflita mais e consuma menos! Respeite a sua vida, a dos outros, a dos não humanos e a do planeta.

Muito obrigada!

 

Oração do cão abandonado

Deus....

Sei que sou um ser criado por ti, para ser amado pelos homens mas nasci sem a sorte de alguns de minha espécie.

Hoje meu dono levou-me a um passeio de carro. Chegamos em uma praça, ele tirou minha coleira, me fez descer do carro, e virando-me as costas, foi embora e nem se despediu.

Tentei segui-lo mas o carro corria muito e não pude alcançá-lo. Caí exausto no asfalto. Ainda não entendi. Por que ele me abandonou?

Eu sempre o recebi abanando o rabo, fazia festa e lambia seus pés. Sempre lati forte, para defendê-lo e afastar os estranhos da porta.

Eu brincava com as crianças... ah! elas me adoravam. Que saudades. Será que elas ainda se lembram de mim?

Deus, eu fico imaginando como seria bom se eu pudesse comer agora. Puxa, estou faminto.

Não tenho água para beber, e estou tão cansado.

Procuro um cantinho onde possa me abrigar da chuva, mas muitas vezes sou chutado. As pessoas não gostam muito de mim aqui nas ruas.

Estou fraco, não consigo andar muito, mas encontrei enfim um lugar para passar essa noite.

Está muito frio e o chão está molhado. Já não tenho pêlo para me aquecer, estou doente, e creio que ainda hoje vou me encontrar contigo. Aí no céu meu sofrimento vai terminar.

Peço-vos então, pelos outros, por todos os cãezinhos e animais abandonados nas ruas, nos parques, nas praças.

Mande-lhes pessoas que deles tenham compaixão, pois sozinhos, viverão poucos meses, serão atropelados, sofrerão maltratos dos impiedosos. Proteja-os.

Amenize-lhes esse frio, com o calor das pessoas abençoadas.

Diminua-lhes a fome, tal qual a que sinto, com o alimento do amor que me foi negado.

Sacie-lhes a sede com a água pura dos Seus ensinamentos.

Elimine a dor das doenças, dos maltratados, extirpando a ignorância do homem.

Tire o sofrimento dos que estão sendo sacrificados em atos apregoados como religiosos, científicos, tirando das mãos humanas a sede pelo sangue.

Abrande a tristeza dos que, como eu, foram abandonados, pois, dentre todos os sofrimentos, esse foi o maior e mais duro de suportar.

Receba, DEUS, nesta noite gelada, a minha alma, e minha oração pelos que aqui ficam. É por eles que vos peço, pois não são humanos, mas são Seus filhos, e são leais e inocentes, e foram criados por Suas mãos e merecem o Seu abrigo.

Amém.


Esta coluna é atualizada mensalmente, dia 19.
Próxima: 19/6/2008

Arquivo online das colunas anteriores:
01, 02, 03, 04, 05, 06, 07, 08, 09, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 47, 48, 49, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 57, 58, 59, 60, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 88, 89, 90, 91, 92, 93, 94, 95, 96, 97, 98, 99, 100, 101, 102, 103, 104, 105, 106, 107, 108, 109, 110, 111, 112, 113, 114, 115, 116, 117, 118, 119, 120, 121, 122, 123, 124, 125, 126, 127, 128, 129, 130, 131, 132, 133, 134, 135