Coluna 143
"Quando se é capaz de lutar por animais, também se é capaz de se lutar por crianças ou idosos.
"Se você apanhar um cachorro faminto e o alimentar, ele não o morderá - esta é a principal diferença entre um cachorro e um homem." Mark Twain
"Haverá sempre, em algum lugar, um cão abandonado, que me impedirá de ser feliz." - Jean Anouilh
"A compaixão pelos animais está intimamente ligada a bondade de caráter, e pode ser seguramente afirmado que, quem é cruel com os animais não pode ser um bom homem" - Arthur Schopenhauer
Leitores,
Faço coro com a Leila pedindo a vocês que olhem e escrevam pelos animais não humanos da tragédia de Santa Catarina. Isso é um absurdo, eles não são objetos, são seres sencientes e sofrem, sentem dor, medo, saudade e estão lá sozinhos... peçam por todos os seres: cavalos, cães, gatos, bois, galinhas, porcos... eles precisam ser salvos!
E como o natal está chegando, trago dois textos interessantes para reflexão e peço também que as pessoas não abandonem seus animais de estimação. Nessa época do ano muita gente viaja e deixa seus animais nas ruas. Levem seus animais com vocês, eles são nossos melhores amigos e precisam de nós. Trago também algumas receitas para que possamos retirar os animais mortos da nossa mesa e de nossos corpos! Melhorando nossa vida e saúde e, o mais importante: salvando vidas inocentes. Procurem na internet que vocês encontrarão receitas maravilhosas.
Desejo a todos um Feliz Natal sem crueldade!
Fonte: http://roctaviani.multiply.com
Você já pensou como vai ser sua ceia de Natal? Que tal começar uma nova tradição?
Sugiro uma reflexão sobre aqueles que são - aos milhões - criados em condições impactantes, como meros objetos, sem nenhum afeto, e sacrificados para satisfazer nossa ânsia por um "alimento" nutricionalmente dispensável, havendo inúmeros outros muito saborosos, nutritivos e compassivos.
Há frutas secas, nozes, castanhas, grãos, cereais, legumes, raízes, folhas, condimentos, ervas, frutas, pães, molhos, massas, geléias, compotas, picles, pimentas, cogumelos. Nenhum desses implica na morte de um ser sensível para celebrar o nascimento de um Grande Mestre que tinha por bandeira o amor incondicional. Em uma dieta equilibrada a carne é apenas parte de um grupo nutricional - o das carnes e feijões. Portanto, retirar a carne da dieta mantendo as leguminosas não implica, absolutamente, em problemas nutricionais. Ao contrário, continua-se com uma fonte de proteínas e ferro com a vantagem de baixo teor de gordura saturada e mais fibras.
Vamos celebrar nossa abundância com variedade na alimentação!
Há estudos, por exemplo, indicando que porcos possuem inteligência superior a de cães. Ora, se nós nos chocamos com a hipótese de matar e comer nossos animais de estimação, porque encarar com normalidade a matança de animais tão ou mais sensíveis? Quem já viu um porco sendo morto sabe que ele não se entrega voluntariamente, tenta fugir e grita/chora. Por que as pessoas se espantam com o processo de produção do Foie Gras mas não se importam com os milhões de perus e galinhas que morrem todo ano degolados e escaldados? Por que não protestar pelos bovinos que, assustados com o cheiro de sangue de seus companheiros, tentam a todo custo fugir do "corredor da morte"? Por que insistir no consumo de peixes, animais que respondem a estímulos diversos inclusive dor e condicionamento? Não podemos ser insensíveis a essa realidade apenas porque - por razões comerciais diversas - estamos distanciados do processo de morte e esquartejamento.
Sim, isso provavelmente fez parte da sua cultura até agora. Mas quanto você já pensou sobre o assunto, desprovido de preconceitos ou de conclusões apressadas como "eu não viveria sem carne", "vegetarianos são anêmicos", "faz parte da cadeia alimentar" ou "não quero comer só saladas"? Você realmente já olhou para um filé como parte de um animal ou se informou sobre o modo de vida e culinária vegetarianos?
Parece contraditório numa festa que celebra a vida se cercar de sangue e morte. No centro das mesas enfeitadas, pinheiros, presentes e amigos, há sempre como coadjuvante do Natal um ou mais animais mortos. As pessoas esperam paz e amor e a primeira forma de não violência pode ser a decisão pessoal, que não depende de mais ninguém, de não comer mais carnes.
Além disso, o consumo de carne deteriora nossa saúde e está ligado ao desmatamento de grandes áreas, inclusive a Amazonia, e poluição de leitos d'água tanto pelos dejetos dos animais quanto pelos restos dos matadouros. Não bastasse, grande parte da produção de grãos é destinada à alimentação de animais, havendo estudos que apenas 1/3 da produção total supriria a mesma demanda protéica de forma mais eficiente, saudável e barata. Ademais, ao contrário do que se pensa, a produção de vegetais demanda menos água potável do que na criação de animais.
Para mais informações sobre vegetarianismo sugiro:
http://www.petatv.com/veg.html (vídeos, em inglês, incluindo os ótimos "Meet your Meat" - também em Espanhol - e "Chew on This")
http://vegetarianismo.com.br (o site em português mais acessado sobre o assunto)
http://www.intitutoninarosa.org.br (site do Instituto autor de diversos projetos em prol dos animais, tendo produzido vídeos como o "Fulaninho" e "A Carne é Fraca)
http://roctaviani.multiply.com (site em português com textos e receitas testadas diversas, restaurantes em Campinas e São Paulo, indicação de produtos e links) http://www.guivegano.com (site em português com textos e receitas diversas, somente veganas)
http://www.vegsoc.com (site da Sociedade Vegetariana Britânica, em Inglês, com um especial de receitas natalinas para 2005 e arquivo com menus dos anos anteriores - ovo-lacto-vegetarianas, lacto-vegetarianas e veganas)
http://www.vrg.com (site do Vegetarian Ressource Group, em Inglês, que reúne diversos textos sobre nutrição vegetariana, derrubando os mitos que circundam nossa dieta)
http://www.nutriveg.com.br (site da Nutriveg Consultoria Nutricional, com artigos, receitas e eventos).
http://www.vegetarianos.com.br (site com receitas, indicação de livros, restaurantes...)
Há muitos outros na internet, e uma simples busca no Google e em grupos de e-mail retornará resultados que com certeza responderão às suas dúvidas e o ajudarão a encontrar outras pessoas que pensam e vivem dessa forma.
Ainda, há inúmeros livros em lojas conceituadas com pratos da alta culinária vegetariana, muitos ilustrados com fotos, em Português, Inglês e Espanhol. Não deixe passar essa oportunidade de ter uma dieta melhor para os animais, para você e para o meio ambiente.
E já que o assunto é valorização da vida, lembre-se também de todos os que são menos privilegiados que você e mal possuem uma escolha para a Ceia ou presentes e ajude (com um palavra, presentes, alimentos ou trabalho voluntário) uma família necessitada ou uma instituição que promova festas de Natal para os que precisam. E essa atitude eu nem preciso explicar.
Um Feliz Natal!
Renata Octaviani
(Lacto-vegetariana)
http://roctaviani.multiply.com
O que não concebo é degolar um cabrito, asfixiar uma pomba, cortar a nuca de uma galinha, ou dar punhaladas em um porco para que eu coma seus restos. Não é por uma questão de química biológica o motivo de eu ter me passado para as fileiras do ovo-lacto-vegetarianismo, mas pelo imperativo moral de que minha vida não seja mantida às custas da vida de outros seres (Dr. Eduardo Alfonso, médico naturista espanhol).
Fonte: http://www.guiavegano.com.br
As festas de fim de ano se aproximam e, mais uma vez, me lembro de um diálogo entre os animais do filme Babe, o porquinho atrapalhado (de Chris Noonam, 1995), que culmina com a frase: "Natal é carnificina!" De fato, se observarmos
bem, verificaremos que muitas vezes identifica-se uma "boa mesa" pela quantidade de proteína animal que ela oferece. Quanto mais especial é uma ocasião, tanto maior tende a ser a quantidade de proteína animal em nossas mesas, sobretudo carnes e pratos (tanto doces quanto salgados) atolados de creme de leite, uma opção que sequer condiz com a nossa condição climática pois, quando o Natal é celebrado, é verão aqui.
No caso específico do Natal é interessante pensar que essa festa de celebração de "paz e boa vontade" envolva tão pouca boa vontade para com os animais.
Diversas ONGs (como, por exemplo, a Compassion in World Farming ( www.ciwf.co.uk ) fazem campanhas a respeito do sofrimento dos animais que nos servem de alimento e nessa época, em especial, em favor dos perus que se tornaram um prato típico das festas de fim de ano. Esses pobres animais são criados em condições miseráveis e sofrem uma morte dolorosa para que possamos saborear sua carne, isto é, são obrigados a amargar uma existência de sofrimento unicamente para satisfazer um gosto dos seres humanos.
De resto, o Natal se tornou, em grande medida, uma festa do comércio, uma festa voltada para o consumo, quando deveria ser uma ocasião de compartilhamento e de compaixão. Com-paixão é o sentimento de quem sofre junto, de quem é capaz de se colocar no lugar do outro, de com-partilhar. A "pena" é um sentimento superficial que resulta de quem não tem capacidade de se colocar no lugar do outro, ou acha que não está sujeito ao mesmo tipo de experiência. Quando experimentamos o verdadeiro sentimento de compaixão não mais toleramos que os animais sejam vistos como meras fábricas de proteína. Seu sofrimento não se resume ao abate: muitos passam a vida toda confinados sem jamais tocar o solo ou sentir o calor do sol, são transportados para os matadouros sem água ou alimento, suportando temperaturas extremas. Há ainda "a separação entre mães e filhotes, a separação de rebanhos, as marcas com ferro em brasa, e outros sacrifícios que não levam em consideração os interesses dos animais", como bem destaca o filósofo Peter Singer. Serão os animais nossos companheiros de jornada na Terra, ou meros recursos para nos servir e atender os nossos desejos hedonistas? Assim, no que tange aos animais, devemos ter em mente que não somos mais caçadores-coletores e temos à nossa disposição uma ampla variedade de fontes de proteína que nos garantem uma alimentação balanceada.
Finalizo sugerindo três sites onde o leitor poderá encontrar receitas vegetarianas saborosas e nutritivas. O leitor poderá segui-las passo a passo, ou apenas encontrar inspiração para fazer sua própria criação. Muitas são as opções que vão desde as mais saudáveis e simples, como frutas (incluindo nozes, castanhas, etc); simples mas meio junk food como o Not-dog (cachorro quente com salsicha vegetal); até pratos sofisticados como "bobó sem camarão", "bacalhau sem bacalhau" (uma receita portuguesa com certeza!
Visite http://www.animal.org.pt e delicie-se com este prato fantástico).
As opções são infinitas. Estes são apenas alguns exemplos de pratos saborosíssimos e que não implicam em sofrimento para os animais.
Algumas receitinhas:
TRONCO DE NATAL
INGREDIENTES:
500 g de castanhas
1 copo de leite de soja
150 g de chocolate escuro
100 g de açúcar em pó
100 g de margarina de soja.
PREPARO:
Com a ajuda de uma faca, faça dois golpes nas castanhas e ferva-as durante cinco minutos. Escorra a água e retire a pele das castanhas. Numa caçarola coloque o leite de soja, o açúcar e depois as castanhas descascadas.
Deixe cozinhar em fogo brando por 30 minutos.
Passe o conteúdo da caçarola num passe-vite a fim de reduzir as castanhas a purê e depois misture a margarina de soja. Em fogo brando, derreta o chocolate com duas colheres de água.
Envolva a preparação das castanhas com o chocolate e misture delicadamente, até obter uma mistura homogênea. Deite a mistura sobre uma folha de papel de alumínio e depois dobre em dois e levante as pontas para formar um rolo. Para reforçar o rolo, envolva a folha de alumínio com uma folha de cartão.
Coloque na geladeira durante 5 horas. Quando o tronco estiver duro, retire o alumínio e deixe à temperatura ambiente por uma hora antes de servir. Decore o tronco de Natal com objetos alusivos à época.
Curiosidade:
O tronco de Natal é uma sobremesa típica de França. Representa o tronco de madeira que se queima na lareira durante a noite de Natal.
A origem da sobremesa é o tronco que antigamente se procurava nos bosques, na véspera de Natal, e que se colocava no centro da lareira. Este ritual tinha um significado particular: o fogo da madeira destinava-se a agradecer o sol, tão vital no Inverno.
Referência: http://www.alianwebserver.com/societe/noel/buche.htm
Fonte: www.centrovegetariano.org
Manga com Castanha do Pará:
Ingredientes:
6 castanhas do Pará, hidratadas;
1 manga descascada e picada;
Modo de preparar:
Bater no liquidificador a polpa da manga com as castanhas do pará, até ficar cremosa. Se precisar acrescentar um pouquinho de água mineral.
Pasta de Broto de Grão de Bico:
Ingredientes:
2 xícaras de brotos de grão de bico;
1 dente de alho;
1 colher de sopa de azeite de oliva extra-virgem;
½ xícara de água;
1 colher de sopa de suco do limão;
Sal marinho, shoyo, óregano e cominho, etc...
Modo de Preparar:
Bater todos os ingredientes no liqüidificador.
Patê de Gergelim com Ervas:
Ingredientes:
½ xícara de gergelim hidratado;
½ xícara de água mineral;
Cebolinha, salsinha, mangericão, alecrim;
Sal marinho e limão a gosto
Modo de preparar
Bata primeiro o gergelim com a água até virar um creme e adicione os temperos
Assado de nozes
Ingredientes:
4 cebolas medias
5 tomates
2 cenouras medias raladas
3 fatias de pão integral esfareladas
1/2 chavena de caldo de legumes
100g amêndoas moídas
100g castanhas de caju moídas
Preparação:
Num tacho, refogue as cebolas durante 5 minutos. Junte os tomates, a cenoura ralada, o pão esfarelado e o caldo de legumes. Deixe cozinhar cerca de 15 minutos. Junte o caju e as amêndoas e coloque numa forma de bolo inglês. Asse no forno a 200 _ C durante meia hora.
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